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quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Adolescente contou que tinha matado família, dizem colegas

Do BOL, em Sâo Paulo
Em foto de rede social, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13, brinca com medalha no uniforme do pai, o sargento da Rota (tropa de elite da PM paulista) Luís Marcelo Pesseghini, que foram encontrados mortos com a mulher do sargento, que era cabo da PM, Andréia Regina Bovo Pesseghini, dentro de casa no bairro da Vila Brasilândia, na zona norte de São Paulo, nesta segunda-feira (5). Além dos três, a mãe e a tia da cabo foram encontradas mortas em outra casa que fica no mesmo quintal. A polícia trabalha com a hipótese de que o garoto tenha atirado nos membros da família e depois se matado. Reprodução/Facebook

De acordo com reportagem da "Folha de S. Paulo", o estudante Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13, contou para dois amigos de classe que havia matado os pais, a avó e a tia-avó. A revelação foi feita, segundo os colegas, no último dia 5, minutos antes do início das aulas.

As investigações da polícia apontam que o garoto foi à escola horas depois de matar os parentes, voltou para casa, na Brasilândia (na zona norte de São Paulo), e se suicidou.

Dois alunos, que estudavam com Marcelo, prestaram depoimento ontem à tarde no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), acompanhados dos pais.

Para um dos colegas, Marcelo confessou ter matado os pais; para o outro, a avó e a tia-avó. Um dos alunos afirmou que Marcelo lhe perguntou: "Se eu morrer, você vai sentir minha falta?". Os dois estudantes disseram não ter acreditado em Marcelo.

Os jovens disseram que Marcelo contou ter aprendido a atirar em um estande de tiro.

O CASO
De acordo com a principal linha de investigações, Marcelo matou a família, dirigiu com o carro dos pais até a escola, frequentou as aulas de manhã e retornou para casa de carona. Na sequência, ele se matou.

A Polícia Militar disse que investiga também a acusação de que Andreia teria sido convidada a participar de roubos a caixas eletrônicos. A informação foi dada pelo deputado estadual Olímpio Gomes (PDT), major da reserva da PM. Ele denunciou o caso à Corregedoria da corporação.

Luis Marcelo Pesseghini, 40, pai do menino, era sargento da Rota. A mulher dele, Andreia, 36, era cabo do 18º Batalhão. As outras vítimas moravam na casa nos fundos: a mãe e uma tia de Andreia, de 65 e 55 anos.

A casa onde a família foi morta não teve a cena de crime totalmente preservada. A informação consta de nota divulgada na terça-feira (13) pela Secretaria da Segurança Pública de São Paulo.

"O departamento [Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa, DHPP] apenas confirmou afirmação da imprensa de que o local 'não estava totalmente idôneo'. Isso, evidentemente, não quer dizer que houve violação proposital da cena do crime", diz o texto.

Sebastião de Oliveira Costa, 54, parente das vítimas, disse que chegou à casa às 17h45 do dia 5 e que havia ao menos 30 PMs dentro dela, antes da chegada da perícia.

Peritos constataram nessa semana que os disparos poderiam ser ouvidos a 50 metros da casa da família. Nenhum vizinho, no entanto, disse ter ouvido os disparos. Com informações da "Folha de S. Paulo"

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