(Reuters) - O Congresso do Uruguai aprovou nesta quarta-feira uma lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo, tornando-se o segundo país predominantemente católico da América Latina a fazê-lo. Setenta e um dos 92 parlamentares na Câmara dos Deputados votaram a favor da proposta, uma semana após o Senado aprová-la por ampla maioria. Agora, vai à sanção do presidente do país, o ex-guerrilheiro José Mujica. "Concordo que a família é a base da sociedade, mas também acredito que o amor é a base da família. E o amor não é nem homossexual nem heterossexual", disse o deputado da oposição Fernando Amado, do Partido Colorado, de centro-direita. O Uruguai é o 12º país a aprovar uma lei deste tipo, de acordo com a organização Human Rights Watch. Na América Latina, a Argentina também aprovou o casamento gay, que é permitido na Cidade do México e em algumas partes do Brasil. No Uruguai, uma nação de cerca de 3,3 milhões de pessoas, os críticos do projeto de lei incluem a Igreja Católica e outras organizações cristãs, que alegam que a permissão do casamento homossexual ameaça a instituição da família. "Somos contra esse projeto de lei porque entendemos que distorce e muda a natureza da instituição do casamento", disse o deputado da oposição, Gerardo Amarilla. Damian Diaz, um professor de 25 anos que tem um relacionamento sério com um homem, disse que estava animado com a mudança. "Nós definitivamente vamos sentir agora que vivemos em um lugar onde somos reconhecidos por quem somos, onde nós temos mais respeito e mais aceitação", disse ele à Reuters TV. (Por Malena Castaldi e Felipe Llambias, com reportagem adicional de Diego Perez)
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