Presos detidos em uma cadeia pública em Ponta Grossa (118 km de Curitiba) iniciaram uma rebelião na tarde desta sexta-feira (19) e fizeram três agentes carcerários reféns.
O motim acabou no final da manhã deste sábado (20), após 18 horas de rebelião. Não houve feridos.
Neste período, três ônibus do transporte coletivo da cidade foram queimados, entre a noite de sexta e a madrugada de sábado --ninguém ficou ferido. A polícia investiga se os incêndios têm relação com a rebelião. Quatro suspeitos já foram detidos.
A transferência de parte dos presos, iniciada nesta semana, foi o estopim da rebelião.
De acordo com a Secretaria Estadual da Justiça, o local, que tem presos provisórios (que aguardam julgamento) e condenados, está superlotado --abriga cerca de 480 pessoas, mas tem capacidade para apenas 180. As transferências servirão para diminuir a lotação, que deve ser normalizada até o final do ano.
Os presos também reivindicavam um mutirão judiciário, já que afirmam que boa parte deles tem direito a progressão de pena, ampliação dos horários de visita e entrada de visitantes com alimentos na cadeia.
A Secretaria de Justiça disse que irá atender aos três pontos da pauta, e também se comprometeu a transferir apenas presos condenados para outras penitenciárias estaduais.
O governo afirma que uma das alas do presídio, onde estavam 57 presos, foi totalmente destruída e precisará passar por reformas. Também foi providenciada a transferência imediata de 33 presos. Fonte: Folha de S.Paulo
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