Apesar de ter assinado um documento em que afirma estar impedido de julgar processos do escritório do advogado Sergio Bermudes, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, participou e relatou pelo menos três casos ligados ao escritório de Bermudes, em que a filha dele, Marianna, advoga. O grupo que tem mais de 115 advogados. Sérgio Bermudes é o advogado principal dos casos pesquisados pelo jornal. Fux, em dois julgamentos na 2ª Turma do STF, acompanhou o voto dos demais ministros e deu provimento ao interesse defendido pelo advogado. Em outros processos, votou contra o requerimento. Em três processos, Fux foi relator. Bermudes seria o principal patrocinador da festa para comemorar os 60 anos do ministro, que foi cancelada. Um dos convidados era o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que escolherá os novos desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado. Marianna é uma das candidatas. No dia 1º de abril de 2011, foi encaminhado à Secretaria Judiciário do STF, um memorando do chefe de gabinete de Fux, Nicolao Salvador, em que informa o impedimento do ministro para julgar processos do escritório de Bermudes, de outros dois escritórios e referentes à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Em quatro casos representados por Bermudes, Fux participou do julgamento. Em três casos, as decisões foram unânimes dos ministros, sendo um a favor do escritório, um contra e um parcial. Sergio Bermudes afirmou que o ministro não é obrigado a se afastar de todos os processos. A esposa do ministro Gilmar Mendes também trabalha para Bermudes como advogada. Mendes não se declara impedido de julgar os casos do escritório em que a esposa trabalha. BN
Nenhum comentário:
Postar um comentário