Depois do furacão econômico causado pela bolha imobiliária dos Estados Unidos em 2008 e de tempos de vacas magras na Europa em 2012, o mundo pode estar prestes a enfrentar um novo (e perigoso) período de crise financeira. Dessa vez, o problema está na corrida global por combustíveis fósseis. Os mercados alocam cada vez mais recursos financeiros no desenvolvimento de reservas subterrâneas de fontes de energia, especialmente o carbono. Estas, porém, por serem incompatíveis com a segurança climática, correm risco de não serem usadas no futuro. O alerta vem de um estudo feito pela influente instituição britânica Carbon Tracker. “Se queimarmos todas as reservas atuais de combustíveis fósseis, vamos emitir CO2 suficiente para criar um clima pré-histórico", afirma o economista e professor da London School of Economics Nicholas Stern. "A crise financeira mostrou o que acontece quando os riscos se acumulam de forma despercebida”, completa. De acordo com a pesquisa, a "bolha de carbono" é o resultado de um excesso de valorização pelos mercados globais das reservas de carvão, gás e petróleo detidas por empresas de combustíveis fósseis. No ritmo atual dos investimentos, estima-se que a próxima década verá mais de US$ 6 trilhões destinados ao desenvolvimento de fontes sujas, grandes emissoras de gases efeito estufa. BN
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