Pelo menos 3 milhões de pessoas precisam de alimentos na Síria em meio ao agravamento da crise no país, constata a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Pelos dados do órgão, 1,5 milhão de pessoas têm urgência em receber ajuda por até seis meses. Mais 1,5 milhão precisam de suporte para a agricultura e pecuária.
A conclusão foi feita por um grupo de especialistas em segurança alimentar da FAO, do Programa Alimentar Mundial (PAM) e do Ministério da Agricultura e Reforma Agrária da Síria. Eles analisaram o período de março de 2011 (início dos conflitos) a junho de 2012.
O relatório final da missão conjunta indica que o setor agrícola na Síria perdeu um total de US$ 1,8 milhão só este ano em decorrência dos conflitos. Os prejuízos incluem perdas de colheitas, gado e sistemas de irrigação. Os produtos mais afetados são trigo e cevada, além de cereja, azeitona e legumes.
Os especialistas concluíram também que muitos agricultores se viram obrigados a abandonar as produções e deixar as terras devido à falta de mão de obra e de combustível, além da elevação dos custos para manutenção. A colheita de trigo foi adiada em Daara, na zona rural de Damasco, Homs e Hama.
A missão de avaliação também identificou aumento do desmatamento porque os agricultores partem para as florestas em busca de lenha, uma vez que estão sem energia e combustível para manutenção de suas casas. Alguns canais de irrigação também foram bloqueados ou destruídos em meio aos conflitos armados.
O Programa Alimentar Mundial lançou uma operação de emergência para cobrir as necessidades alimentares das populações atingidas na Síria. A operação foi ampliada em várias etapas e pretende atender a cerca de 850 mil pessoas.
Nos últimos oito meses, a FAO apoiou 9.052 famílias de pequenos agricultores na Síria, o que envolvem cerca de 82 mil pessoas. Para a organização, são necessário US$ 38 milhões para ajudar as famílias de agricultores pelos próximos seis meses. O resumo do relatório da comissão mista integrada pela FAO pode ser obtido no endereço http://www.fao.org/news/story/es/item/153731/icode/.
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