Enquanto o Brasil assiste um julgamento de mais de 30 pessoas ligadas a políticos sendo indiciadas e julgadas principalmente por desvio de dinheiro público em benefício de partidos políticos e de alguns líderes partidários ligados ao Governo, lemos até com tristeza a carta de uma leitora da seção de cartas da edição de hoje de 'O Globo', Joana Castro Fagundes Vieira, de Niterói/RJ, com o título "Dor que não passa". Diz ela: "Diagnosticada com câncer de mama, tive o seio retirado, junto com a minha vaidade. Após a biópsia, soube que não teria como fugir do tratamento quimioterápico. Inconformada com o diagnóstico dado a partir de singelos exames, enviei o material para os EUA. E, para surpresa dos oncologistas, o teste concluiu pela não aplicação da quimioterapia, em razão da baixa agressividade do tumor. Hoje me trata com pílulas hormonais, sem efeito colateral. Perdi o seio sem necessidade, mas não a razão. Conclui-se que a preocupação com a saúde dos pacientes com câncer parece incompatível com a ambição das clínicas em lucrar";
Aí está um nítido retrato de como funciona no Brasil o sistema de Saúde. O caso de Joana Fagundes Vieira aconteceu com uma clínica particular, tudo indica. Dá para se imaginar o que ocorria - e certamente ocorre com frequência - no sistema público de Saúde. Certo dia, o então presidente Lula teve a desfaçatez de dizer que o sistema de Saúde no Brasil era de primeiro mundo. Ele chagou também a dizer que recomendaria ao presidente dos EUA, Barack Obama, que copiasse para a nação mais poderosa do mundo o SUS para solucionar a crise que acontecia naque país nessa área. Um brincalhão. Quando atacado de câncer na laringe, Lula não procurou o SUS mas sim o sofisticado Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Enquanto isso, seus correligionários e integrantes da famigerada 'base aliada' no Congresso metem a mão no dinheiro público, em muitos casos destinado à área de Saúde, e a cúpula do PT fica agindo para desqualificar o 'malfeito' ou então trabalhando nos bastidores pela absolvição dos que são flagrados com a 'mão na botija';
O mais triste é que até agora o eleitorado brasileiro continua dando respaldo a essa gente para continuar desviando dinheiro público, elegendo e reelegendo quem vive praticando os 'malfeitos' que prejudicam o povo de um modo geral. Sempre restará a expectativa de que o povo acorde e aproveita sua melhor arma para mandar essa gente para casa, que é o voto. Chega de dar direito a eles para que fiquem enganando o povo com suas 'bolsas' enquanto praticam atos para aumentar suas contas bancárias, isso quando não usam mesmo dinheiro vivo através de 'recursos não contabilizados'. Vamos acordar!
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