A onda de greves do funcionalismo público é tão estranha, que mal conseguimos formar uma opinião sobre ela. Sindicatos, bancados com gordas verbas do FAT, até ontem unha e carne com o governo do PT, paralisam serviços por meses, como no caso dos professores das universidades, policiais federais bloqueiam estradas. Isso tudo já seria bastante absurdo. Fica pior quando o governo diz que vai jogar duro e , todavia, acena com um aumento de mais de 15%, percentual altíssimo, que nenhum trabalhador da iniciativa privada sequer sonha em pedir. Mesmo assim, nada consegue. É muita prepotência de um lado e impotência demais do outro. A impotência é tal que, no caso dos Policiais Federais, a Presidente da República pensa em substituí-los pelo Exército. Com tudo isso, ninguém fala em exoneração. Os limites do absurdo foram transpostos e a sociedade começa a se perguntar qual é a jogada por trás desta ação entre os, até ontem, amigos.
Maria Cristina Rocha Azevedo
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