A aliança oposicionista para a Prefeitura de Salvador nasceu morta. Era, desde os primeiros movimentos, extremamente improvável. Para que acontecesse, dos três principais partidos, PSDB, PMDB e DEM, dois teriam que ir ao sacrifício e não lançar candidato. Seus líderes conversavam apenas para testar a possibilidade de seus próprios candidatos, mas, no fundo, tinham certeza da inviabilidade do projeto. O DEM definiu-se em primeiro com ACM Neto. No caso, estava e está no jogo não apenas o interesse de o deputado chegar ao Palácio do Planalto, como, de outro modo, o estado agônico do partido em outros estados que pode levar ao desaparecimento da legenda ou a sua fusão mais adiante. Neto se constitui numa esperança nacional do partido. O PMDB fixou-se em Mário Kertész e nunca negou que o tinha candidato. O PSDB tem o segundo colocado nas pesquisas internas, Antônio Imbassahy, mas, de igual modo, divisa o plano nacional e a aliança tradicional que o une ao DEM. Além da embrulhada da eleição paulistana em torno de José Serra, que nenhum líder tem coragem de dizer com franqueza. Se for pelo critério “pesquisa”, Antônio Imbassahy ficará no sacrifício, mas há a hipótese de os três partidos saírem com candidatos próprios, que são os três já citados acima. Melhor, porém, considerar Imbassahy de fora. Os três somente serão aliados no segundo turno. Nos últimos meses, passaram a contar com o enfraquecimento da candidatura Nelson Pelegrino, e chegam a sonhar com a possibilidade de uma disputa final entre legendas de oposição. Difícil, muito difícil. Uma situação dessa ordem teria conseqüências maiores para o PT, embora o discurso do candidato petista não esteja definido e propagado. Lídice da Mata detectou tal panorama. Até aqui o eleitor desconhece discursos e projetos, mas há tempo. Tempo e a indiferença que se situa na desesperança expressa no fracasso das administrações. Por ora, nada empolga. Por Samuel Celestino De http://www.bahianoticias.com.br/
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