Oito vereadores do Município de Mucuri foram cassados pela Câmara Municipal, em sessão extraordinária realizada na tarde desta quarta-feira, 02 de maio, em função de denúncia popular apresentada pela eleitora mucuriense Regina Vilanova Correia baseada na investigação realizada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA). Os vereadores foram cassados, de acordo com o Decreto Legislativo, por terem praticado atos contrários ao decoro parlamentar e a dignidade do cargo, dentre outras infrações político-administrativas.
Os relatórios das Comissões Processantes foram apresentados pelo assessor jurídico, advogado Luiz Carlos Monfardini, que leu, inclusive, o depoimento do ex presidente, vereador Carlos Gonçalves, o “Tazinho”, ao MP-BA onde o mesmo confessa o esquema e detalha o procedimento criminoso pedindo em troca o benefício da delação premiada.
A denúncia popular, que foi apresentada em 22 de março e teve as comissões instaladas em 28 de março, culminou agora com a cassação pela Câmara Municipal dos vereadores Carlos Gonçalves de Souza, o “Tazinho” (PSDB), Gisele Aparecida Seguro Gazzinelli (PTB), Roberto Correia Bastos, “Nicó” (PSC), Márcio de Jesus Machado, o “Marcinho da Divisa” (PDT), Roberto Alves dos Santos, o “Professor Roberto” (PSC), Wilson Pereira Cabral, o “Wilson da Pinheiro Móveis” (PR),Justina Souiza Cruz, “Tina” (PMDB), e Manoel Negino Cruz (PSDB).
Uma outra cassação já havia sido realizada pela Câmara Municipal de Mucuri em 21 de março, mas o processo foi anulado na mesma data pela Juíza da Vara Cível de Mucuri, Dra. Tarcísia de Oliveira Fonseca, que atendeu alegação da defesa dos acusados de que, quando foi apresentada aquela primeira denúncia, os suplentes de cada um dos vereadores afastados votaram pela aceitação, o que poderia configurava que os suplentes estavam legislando em causa própria. Agora, seguindo orientação da assessoria jurídica, essa falha foi sanada pelos vereadores.
Os oito vereadores, que já haviam sido afastados pela justiça, respondem também à ação penal ajuizada pelo MP-BA, que denunciou o grupo por corrupção ativa e passiva e foi recebida pelo Juízo da Comarca de Mucuri, Dr. Leonardo Santos Vieira Coelho. Com essa decisão, teve início o processo-crime referente ao caso e os acusados passaram a ser réus na ação elaborada pelo MP-BA. Por Samuca Macedo - http://www.portaln3.com.br/
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