Homicídio duplamente qualificado. Esta é a tese defendida pelo Ministério Público para tentar convencer os jurados da condenação do réu Sidmar Soares Santos, o Bolota, acusado de matar com cinco tiros nas costas, o representante comercial Juvenal Nonato de Oliveira Filho. O crime aconteceu no dia 17 de maio de 2009, numa região situada entre os bairros Zizo e Pedro Jerônimo, em Itabuna.
Preso desde 2010, no Conjunto Penal, Bolota está sendo julgado neste momento, no Fórum Rui Barbosa. O júri, presidido pelo juiz Antônio Carlos Rodrigues Moraes, começou por volta das 8h30min. Segundo o promotor Dario José Kist, o acusado tentou, durante todo o processo, trazer testemunhas que comprovasse sua inocência, alegando que o verdadeiro criminoso teria sido o comparsa dele.
"Mas esta é uma versão frágil para os autos. Toda a sustentação que o MP vai fazer é no sentido de que ele (Bolota) é o autor do crime. Portanto, vamos postular a sua condenação por homicídio duplamente qualificado, por ter, em primeiro lugar, surpreendido a vitima. Ela não esperava que fosse atacada e, por isso, não teve a menor chance de defesa", analisa Kist.
A defesa do réu está sendo feita pelo advogado Jorge Nobre de Carvalho. Bolota passa a maior do tempo de cabeça baixa, evitando olhar para o público que se faz presente no Fórum e também para as testemunhas que prestam depoimento. Uma delas, inclusive, é um homem conhecido como "Jai", que seria o real alvo de Bolota, na época em que aconteceu o fato.
Juvenal Nonato, que voltava de uma montaria, teria sido assassinado por engano. O réu, que já foi à júri popular há cerca de um ano, também por homicídio, é considerado um dos bandidos mais perigosos do bairro Pedro Jerônimo e autor de vários delitos.
O motivo deste crime, de acordo com a promotoria, seria vingança. O acusado teria roubado um cavalo na fazenda onde trabalha "Jai" que, por sua vez, conseguiu recuperar o animal. Por isso, "Bolota" foi à sua procura e acabou executando, pelas costas, o representante comercial, supostamente, pensando que fosse o seu desafeto.
Ainda segundo o promotor Dario José, caso seja condenado, o réu pode pegar de 12 a 30 anos de prisão. O juiz Antônio Carlos Rodrigues salientou que o fato do acusado já ter sido julgado por outro assassinato, é um agravante que pode complicar a situação. "A expectativa é que corpo de jurados tome a decisão correta e que o réu tenha uma condenação justa", disse. De http://www.diariobahia.com.br/
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