O novo presidente do Conselho de Administração da Delta, Carlos Alberto Verdini, negou que a construtora, investigada pela Polícia Federal (PF) por suposta relação ilícita com o contraventor Carlinhos Cachoeira, esteja falida. Segundo Verdini, que substituiu Fernando Cavendish à frente da empreiteira, a Delta possui R$ 4,7 bilhões em contratos em execução e R$ 450 milhões para receber de obras já concluídas, dos quais cerca de R$ 300 milhões deveriam ter sido pagos em abril pelo governo do Rio de Janeiro. “Não é questão de atraso [do Rio]. Acho que é problema de caixa do governo”, afirmou em entrevista ao jornal Folha de São Paulo. A assessoria do governo estadual alegou que precisa de mais tempo para levantar os valores devidos à empresa, que deixará as obras do Maracanã e da via expressa Transcarioca, mas continua responsável pela execução de outros 200 contratos, 130 deles com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). “Em muitas obras teria que ser feita nova licitação, com preços mais caros. O processo é demorado, o prejuízo seria grande. E quero saber como fica a responsabilidade social. Quem vai assumir o ônus de pôr 30 mil funcionários na rua?”, questionou. Verdini, que está na Delta há nove anos e era diretor comercial, se recusou a comentar a possibilidade de venda da empresa, negociada por Cavendish. “Não é decisão minha”, arrematou. De Bahia Noticias
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