- Com o título 'Sangria milionária na Saúde', a edição de hoje e o site do jornal carioca 'O Dia' mostram irregularidades em compras e contratos que somam quase R$ 100 milhões em seis hospitais do Rio. A reportagem de 'O Dia' revelou que uma investigação da Controladoria Geral da União (CGU) no Hospital dos Servidores do Estado (HSE), constatou, por exemplo, que o serviço de lavanderia era tão precário, que cirurgias foram canceladas por falta da roupa de cama. “Cobertores velhos, rasgados e alguns até com mau cheiro” dizia o relatório, acrescentando que os mesmos eram entregues como se fossem limpos;
- Depois de um ano de devassa nas contas dos seis hospitais federais do Rio a CGU revelou que houve um prejuízo de R$ 96 milhões e 500 mil, que vem a ser a soma de superfaturamento na compra e no aluguel de equipamentos, pagamento por serviços não prestados e até no desperdício da aquisição, sem controle, de remédios que acabaram no lixo pois a validade venceu. Há equipamentos que custaram até 3.200% a mais do que o valor de mercado. Os auditores da CGU computaram também gastos programados, mas ainda não pagos;
- Informa ainda “O Dia” que sangria foi nos hospitais do Andaraí, Geral de Bonsucesso, dos Servidores do Estado, da Lagoa, de Ipanema e Cardoso Fontes. O período analisado vai de janeiro de 2009 a abril de 2011, e soma R$ 888 milhões em contratos. O pente-fino agora será mensal. Existiam no Cardoso Fontes funcionários fantasmas terceirizados em 2010 e 2011 que custaram R$ 1 milhão e 300 mil. A empresa Microview é citada no relatório de duas unidades. Ela faturou R$ 4 milhões e 200 mil por ano com aluguel de equipamentos desnecessários para o Hospital de Ipanema e R$ 3 milhões em máquinas para o de Bonsucesso, em 2009. Lá, os fiscais constataram que as máquinas ficaram 20 meses sem uso. O Ministério da Saúde informa que já economizou R$ 40 milhões desde que centralizou compras de bens e serviços, em 2011. O roubo será investigado criminalmente: Ministério Público e Polícia Federal receberão uma cópia do relatório;
- Esses fatos não podem mais acontecer. Essa gente tem que ser indiciada por tentativa de homicídio e até por homicídio pelo menos culposo. Pode ter morrido alguém que não conseguiu fazer sua cirurgia. Além de tudo, há que se cobrar a devolução aos cofres públicos desse dinheiro desviado para as contas de uns poucos que se beneficiam desses 'malfeitos'. Estão brincando com a saúde do povo. Estão colocando vidas em risco por conta dessa ambição desenfreada por dinheiro, e dinheiro do povo. Muitas deles - a maioria, por certo - fazem isso em benefício dos seus chefes políticos, responsáveis pelas suas nomeações. Esse dinheiro tem servido também para alimentar 'recursos não contabilizados' para candidatos e também para seus partidos;
- A cada dia que passa, mas fica patente a necessidade do eleitor promover uma verdadeira devassa nos responsáveis maiores por esse verdadeira descalabro. E a melhor forma de se dar início a essa 'faxina' é não reelegendo aqueles que patrocinam esses assaltos aos cofres públicos sem se importarem com avida de quem quer que seja, muitos desses seus eleitores.
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