TOMOU TODAS: Federação Paulista afasta trio de arbitragem que pode ter apitado jogo embriagado

O presidente da Comissão de Arbitragem da Federação Paulista de Futebol, Marcos Marinho, confirmou que o trio de arbitragem que comandou a partida entre Batatais e Inter de Bebedouro, pela série A3 do Paulistão, está afastado por tempo indeterminado. O árbitro José Roberto Marques e os assistentes Marcos Sehnem e Bruno Silva de Jesus são acusados de apitarem a partida embriagados.

“Vamos analisar com calma tudo que aconteceu, mas eles estão afastados por enquanto. No início da próxima semana iremos conversar com eles para saber o que aconteceu. Existem três hipóteses: advertência, suspensão e até mesmo o desligamento do quadro”, disse Marinho.

A acusação partiu da diretoria do Batatais, que teria percebido um comportamento pouco comum do árbitro antes e durante a partida. Marques teria solicitado 20 copos d’água para curar uma suposta ressaca da noite anterior, apesar de ter culpado o colchão do hotel pela noite mal dormida.

O que pesa contra o trio são imagens de um circuito interno de um posto de gasolina em Batatais. “As imagens existem e não são muito nítidas. Eles realmente bebem alguma coisa, mas não é possível precisar se é refrigerante ou cerveja”, afirma Marinho, ressaltando, porém, que o comportamento do trio feriu a conduta da Federação. “Eles não podem estar às 2h30 na rua, sendo que tem um jogo às 10 horas, não pode”.

Em entrevista ao Lance!, o árbitro admite que “bebeu duas cervejinhas no jantar”, mas que não influenciaram sua atuação, que segundo ele próprio foi muito boa.

A versão do juiz é confirmada por Marinho. O presidente da comissão ainda analisa as imagens e garante que até onde viu o árbitro aplicou a regra com êxito não interferindo no resultado da partida, inclusive vencida por 5 a 1 pelo Batatais.

Há mais de dez anos no quadro da Federação Paulista, José Roberto Marques nunca teve nenhum problema disciplinar, mas terá que pagar pelas ‘cervejinhas’. “Ele vai ser punido, mas muito do que eu tenho visto por aí é um exagero. Vi gente falando que pessoas seguravam ele no posto. Não vi nada disso”, completou Marinho. De Vitor Pajaro - Do UOL, em São Paulo