As mulheres no mercado de trabalho queixam-se com regularidade de disparidade no salário. Daqui a algum tempo, quem vai reclamar são os homens. Segundo estudo divulgado nos Estados Unidos, a próxima geração de mulheres vai ganhar mais do que seu colegas do sexo masculino em todas as áreas.
O estudo indica ainda que em algumas áreas, como direito, medicina e veterinária, as mulheres serão maioria. O fenômeno, que se completará em um ciclo de 25 anos, vai marcar uma mudança estrutural no mercado de trabalho e aparece detalhado no livro “The Richer Sex”, da jornalista Liza Mundy, do “Washington Post”. O livro e o estudo estampam a capa da revista “Time”.
Na pesquisa, já ficou claro que mulheres solteiras na casa dos 20 anos, sem filhos, na média já estão ganhando mais do que os homens. “Quase 40% das mulheres que trabalham já ganham mais do que seus maridos”, escreve a jornalista. E o número está crescendo.
As mulheres também estão estudando mais para chegar aos cargos mais altos das empresas. Uma em cada três mulheres bem posicionadas no emprego já tem um salário maior do que o do marido. E ao contrário de mulheres com salários mais baixos, elas querem casar.
O livro vem reforçar um estudo publicado pela Casa Branca sobre a evolução da mulher na economia americana nos últimos 50 anos. Uma das constatações de “Mulheres na América: indicador de Bem estar Social e Econômico” é que as mulheres obtiveram mais diplomas de nível superior do que os homens. Elas ainda ganham menos e têm mais chances de viver em condições de pobreza, porém a busca da educação como modo de mudar de vida está fazendo com que se casem e tenham filhos mais tarde.
As mulheres que completam sua educação em nível superior estão casando em média aos 30 anos. Aquelas que não completam os estudos se casam aos 26 anos.
A proporção de mulheres casadas caiu de 72% em 1970 para 62% em 2009.
Canadá e Reino Unido
A mudança não afetará apenas os Estados Unidos. Segundo o Departamento de Estatísticas do Canadá, a taxa de mulheres que ganha mais do que o marido cresceu de 11% em 1976 para 31% em 2009. No Reino Unido, um terço das mulheres já responde pelo título de chefe da família, contra apenas 4% nos anos 1970.
“O casamento ideal tem de ser meio a meio, com as mulheres trabalhando o mesmo número de horas dos homens e os homens realizando a mesma quantidade de tarefas domésticas e cuidados com os filhos das mulheres”, diz Liza Mundy. Ela admite, porém, que as famílias em que a mulher é o chefe da casa são bem sucedidas quando percebem que para uma carreira deslanchar, é preciso que o parceiro faça concessões. “Até agora, as mulheres é que tinham de aceitar esse papel. No novo modelo, quem vai ficar um passo atrás serão os homens.” De http://epocanegocios.globo.com/
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