O principal título da carreira de Abel Braga é o Mundial de Clubes de 2006. Na época, o treinador comandava o Internacional de Wellington Monteiro, Fabinho (ambos ex-Flu), Ceará, Gabiru, Edinho (hoje no Flu), entre outros, e que tinha como craque o atacante Fernandão, além de Alexandre Pato em início de carreira. Do outro lado, um time considerado imbatível. O Barcelona de Deco, Ronaldinho Gaúcho, Xavi, Iniesta. Mas deu Inter. Como costuma brincar Abel, não o de Milão, mas o de Porto Alegre mesmo.
É com base nesta experiência vencedora e nos anos e anos como jogador e técnico que Abel não tem medo de remar contra a maré e se escalar no time dos defensores do que hoje se chama futebol de resultado, que não costuma andar de mãos dadas com o jogo bonito, exceção feita ao Barcelona atual, considerado por muitos o melhor time de futebol de todos os tempos.
“Todo mundo gosta de ver um jogo bonito, mas futebol bonito deixa de existir quando se precisa de resultado, porque é quando se ganha que tudo fica um mar de rosas” filosofou Abel.
O treinador tricolor nem precisou voltar a 2006 para justificar sua tese. A atual temporada já deu base suficiente ao treinador para defendê-la, do último Fla-Flu ao jogo contra o Boca, passando pela conquista da Taça Guanabara, contra o Vasco, e pelo último jogo, a derrota para o Macaé por 3 a 0.
“No Fla-Flu, jogamos muito melhor mas a vitória foi deles. O que interessa mais? A vitória sobre o Boca não foi uma grande exibição, mas fomos um time aplicado. E o resultado está aí, para a história. Prefiro assim. Contra o Macaé, foi o jogo que mais chutamos a gol neste ano. Perdemos por 3 a 0. Contra o Vasco, não. Ganhamos jogando muito bem. Só que nem sempre é possível. Nossos jogadores sabem que podem jogar mais, melhor e vencer. Mas o que mais queremos é o resultado”, avisou. Caio Barbosa
Do UOL, no Rio de Janeiro
Do UOL, no Rio de Janeiro
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