As eleições do Flamengo serão em dezembro. Nem há data marcada. Mas a corrida eleitoral já começou, como mostra a última parte da série “Crise no Fla”. A oposição negocia pra ir unida para impedir a presidente Patricia Amorim de conseguir mais três anos. Na diretoria, ninguém fala em eleição, apenas em trabalho.
– Como não têm o que dizer do meu trabalho, eles me atacam e me criticam porque sou mulher – afirma Patricia Amorim, usando duas armas que conhecem bem: o discurso político e o choro.
A administração do social joga a favor de Patricia. O futebol joga contra. As finanças só poderão prejudi-cá-la se começar a atrasar salários. A questão é que os eleitores não jogam futebol. Muitos nem são rubro-negros. A oposição aposta numa tradição: se o futebol vai mal, a oposição leva.
Mas ainda falta encontrar um nome: apenas um. Toda a oposição fala em união. Ronaldo Gomlevsky é candidato declarado. Por ora, ninguém leva suas chances a sério.
O LANCENET! apurou que o nome que uniria os grupos é o de Hélio Ferraz. É querido e tem baixa rejeição. Mas até a semana retrasada, mesmo quando estava afastado de Patricia, o vice se recusava a disputar voto com a presidente. Mas após o último rompimento, mudou de posição.
– Põe aí que sou candidato a grande benemérito em 2020 – diz Hélio Ferraz.
Na matemática do clube, isso quer dizer que Ferraz terá de ocupar cargos nos próximos nove anos. Para Márcio Braga, uma forma de atingir Patricia é ameaçar sua carreira política. Meses antes da eleição do Flamengo, ela disputará o quarto mandato como vereadora. Segundo o cartola, se ela ver ameaçada sua chance de reeleição na Câmara, pode até se afastar da política do Flamengo.
– É o jogo da política. Nós vamos bater muito nela – diz Braga.
O grupo de Patricia vai revidar, o que faz prever uma eleição quente como poucas no clube.
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