Com apenas 17 anos, uma jovem conseguiu realizar um feito que cientistas tentam há décadas: elaborar uma substância capaz de localizar com precisão células cancerígenas e destruí-las sem afetar as sadias. A descoberta da chinesa Angela Zhang (que se autointitula “Cinderela Nerd”) promete revolucionar a área de pesquisa oncológica no que diz respeito ao tratamento de tumores — ao menos pelos próximos 15 anos.
Para chegar à biomolécula, a chinesinha americanizada que vive na Califórnia investiu dois anos de sua vida no projeto. Enquanto suas amigas dedicavam-se a escolher o melhor vestido para abocanhar o bonitinho da escola, a jovem selecionava a dedo — ou melhor, microscópio — a nanopartícula ideal para fisgar tumores.
Tanta abdicação foi motivada por sua família: seu bisavô teve câncer de fígado e seu avô morreu de câncer no pulmão. O esforço rendeu uma bolsa de estudos de R$ 170 mil — o equivalente a ao menos 400 vestidinhos.
“Ela trabalhou em uma área muito promissora, a de nanotecnologia, e conseguiu utilizar essa inovação não só no tratamento do câncer, mas também no diagnóstico. A descoberta permite que os tumores possam ser visualizados de forma muito mais precisa por meio da ressonância magnética”, explica a coordenadora de Oncologia Clínica do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), Pilar Estevez.
Segundo Pilar, a melhor vantagem da pesquisa de Angela é reduzir os efeitos colaterais do tratamento. “Uma vez que o medicamento foi colocado numa molécula programada para se unir somente a células com características de câncer, a droga só vai atuar nessas células doentes. Manter as outras células sadias é um passo importante para evitar os efeitos colaterais típicos da quimioterapia, por exemplo”, disse. “Mas é cedo para dizer que é a cura do câncer. O que há hoje são buscas de opções de tratamento. E ainda são necessários testes em humanos”, pondera Pilar. Foto: Arte: O Dia - Fonte: CLARISSA MELLO/O Dia
Para chegar à biomolécula, a chinesinha americanizada que vive na Califórnia investiu dois anos de sua vida no projeto. Enquanto suas amigas dedicavam-se a escolher o melhor vestido para abocanhar o bonitinho da escola, a jovem selecionava a dedo — ou melhor, microscópio — a nanopartícula ideal para fisgar tumores.
Tanta abdicação foi motivada por sua família: seu bisavô teve câncer de fígado e seu avô morreu de câncer no pulmão. O esforço rendeu uma bolsa de estudos de R$ 170 mil — o equivalente a ao menos 400 vestidinhos.
“Ela trabalhou em uma área muito promissora, a de nanotecnologia, e conseguiu utilizar essa inovação não só no tratamento do câncer, mas também no diagnóstico. A descoberta permite que os tumores possam ser visualizados de forma muito mais precisa por meio da ressonância magnética”, explica a coordenadora de Oncologia Clínica do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), Pilar Estevez.
Segundo Pilar, a melhor vantagem da pesquisa de Angela é reduzir os efeitos colaterais do tratamento. “Uma vez que o medicamento foi colocado numa molécula programada para se unir somente a células com características de câncer, a droga só vai atuar nessas células doentes. Manter as outras células sadias é um passo importante para evitar os efeitos colaterais típicos da quimioterapia, por exemplo”, disse. “Mas é cedo para dizer que é a cura do câncer. O que há hoje são buscas de opções de tratamento. E ainda são necessários testes em humanos”, pondera Pilar. Foto: Arte: O Dia - Fonte: CLARISSA MELLO/O Dia
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