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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

BAHIA:Casos de leishmaniose dobram em 3 anos e Território do Baixo Sul tem a metade deles

Segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), foram notificados 4.771 casos de leishmaniose na Bahia durante o ano de 2010. Os 14 municípios que estão localizados no Território de Identidade do Baixo Sul são responsáveis por 2.215 novos casos, quase a metade de todas as pessoas que adquiriram a doença no estado no ano. A Sesab havia notificado 2.178 casos em 2008 e em 2009 esse número pulou para 3.694.
Segundo o secretário de Saúde de Valença, Alexandre Aquino, o aumento no número de pessoas com a doença também tem reflexos no trabalho de notificações das secretarias de saúde, que estão mais atentas em enviar os números para a Sesab.
A leishmaniose tagumentar atinge principalmente os moradores da zona rural. Em Presidente Tancredo Neves existe um centro especializado no tratamento da doença. Em Valença, o Posto de Saúde da Feira Livre também dá atenção especial às pessoas acometidas pela doença.
1. O que é?
É uma doença infecciosa, não contagiosa, que provoca úlceras na pele e mucosas. É transmitida ao homem pela picada das fêmeas de flebotomíneos infectadas.
2. Qual o microrganismo envolvido?
É causada por protozoários do gênero Leishmania. Há, no Brasil, sete espécies de leishmanias envolvidas na ocorrência de casos de LTA, sendo as mais importantes: Leishmania (Leishmania) amazonensis, L. (Viannia) guyanensis e L.(V.) braziliensis.
3. Quais os sintomas?
As lesões podem ocorrer na pele e/ou mucosas. As lesões de pele podem ser única, múltiplas, disseminada ou difusa. Apresentam aspecto de úlceras, com bordas elevadas e fundo granuloso, geralmente indolor. As lesões mucosas são mais freqüentes no nariz, boca e garganta. Quando atingem o nariz podem ocorrer entupimentos, sangramentos, coriza e aparecimento de crostas e feridas. Na garganta, dor ao engolir, rouquidão e tosse.
4. Como se transmite?
A transmissão ocorre pela picada de fêmeas de flebotomíneos infectadas.
5. Como tratar?
O SUS oferece tratamento específico e gratuito para a doença. O tratamento é feito com uso de medicamentos específicos a base de antimônio, repouso e uma boa alimentação. A droga de primeira escolha para tratamento de casos de LTA é o antimoniato de N-metil glucamina (Glucantime®). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a dose do Glucantime® deve ser calculada em mg/Sb+5/Kg/dia, Sb+5, significando antimônio pentavalente. Para as lesões cutâneas, o esquema de tratamento é de 15 mg/Sb+5/Kg/dia por um período de 20 dias e para cutânea difusa o tratamento é de 20 mg/Sb+5/Kg/dia por um período de 20 dias.
Para as lesões mucosas, é recomendada a dose de 20 mg/Sb+5/Kg/dia por um período de 30 dias. Outras opções terapêuticas disponíveis nos serviços de saúde são: isotionato de pentamidina e anfotericina B.
6. Como se prevenir?
O Ministério da Saúde recomenda ações dirigidas à:
- População humana: medidas de proteção individual, tais como usar repelentes e evitar a exposição nos horários de atividades do vetor (crepúsculo e noite) em ambientes onde este habitualmente possa ser encontrado;
- vetor: manejo ambiental, através da limpeza de quintais e terrenos, a fim de alterar as condições do meio, que propiciem o estabelecimento de criadouros para formas imaturas do vetor;
- atividades de educação em saúde: devem ser inseridas em todos os serviços que desenvolvam as ações de vigilância e controle da LTA, requerendo o envolvimento efetivo das equipes multiprofissionais e multiinstitucionais com vistas ao trabalho articulado nas
diferentes unidades de prestação de serviços.De http://www.portaldobaixosul.com.br/

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