O governo municipal acaba de dar um importante passo na busca da solução definitiva do problema de abastecimento de água para a população itabunense. Graças a um investimento de R$ 28 milhões, através de uma parceria entre os governos municipal e federal, a captação de água foi ampliada de 600 para 900 litros por segundo, melhorando significativamente o abastecimento para uma cidade com 200 mil habitantes.
Os recursos permitiram a construção de uma adutora ligando a Estação de Captação e Tratamento de Nova Ferradas à Estação de Tratamento de Água (ETA), no bairro São Lourenço, com apoio de cinco novas bombas – duas na captação do rio Cachoeira e outras três unidades de 300 cavalos para bombeamento a partir da ETA de Nova Ferradas até a unidade de tratamento e distribuição em Itabuna.
Para o prefeito Capitão Azevedo o problema de distribuição de água que atingia toda a cidade foi praticamente solucionado. ”Os bairros que tinham um grande intervalo de tempo para receber água serão beneficiados com a diminuição das manobras. Haverá também uma maior regularidade na distribuição da água em toda a malha urbana, e a população verá a água chegar a sua torneira”.
Outro aspecto destacado pelo prefeito foi a retomada da capacidade de desenvolvimento econômico do município. “Nesse momento abrem-se as perspectivas de crescimento para a economia da cidade com a possibilidade da chegada de indústrias, que dependiam da água como insumo. Assim eu vejo o progresso sendo implantado de modo geral em nossa cidade”, argumentou.
O presidente da Emasa, Alfredo Melo, agradeceu o apoio do prefeito e reafirmou a importância do aumento da captação de água para a economia da cidade. “Em apenas dois anos a equipe do capitão Azevedo está dando esse presente que é a ampliação da distribuição da água. Acredito que até o fim deste ano muitas indústrias estarão chegando a Itabuna procurando se instalar no caminho da água. Tenho certeza que muito mais emprego e renda virão com isso”.
A população não precisa se preocupar com a qualidade da água, segundo Melo, pois ela é bombeada de um ponto do Rio Cachoeira acima de Nova Ferradas, uma porção do rio que não apresenta poluição. Além disto, ao chegar à estação, esta água é tratada adequadamente antes de ser bombeada à população.
Para garantir a qualidade da água que chega à população, a Emasa opera com 138 pontos de amostras de onde é coletada água diariamente para analise laboratorial, verificando inclusive se a quantidade de flúor e cloro está dentro dos padrões exigidos pelo ministério da saúde.
O presidente chamou ainda atenção para os cuidados que a população precisa ter com os seus reservatórios. “Ao chegar às casas essa água precisa ser bem armazenada, livre de resíduos, ratos, de sujeira em geral. Tendo uma caixa d’água limpa e vedada nós garantimos a qualidade da água” assegurou.
Ele crê que resolvidos esses problemas a luta será pela construção da barragem, que segundo Melo, terá uma reserva que irá manter a vazão do Rio Cachoeira e vai eliminar o odor que fica na cidade em épocas de estiagem prolongada. “Com isso o fornecimento será regular para as indústrias e para a população”, complementou.
“A barragem é mais uma etapa desse projeto, começa agora o nosso clamor, nosso sonho, isso por ordem do capitão que pediu que revíssemos o projeto e conversássemos com os fazendeiros para buscar parceiros. Tenho certeza que o governo do estado, que assumiu a responsabilidade de construir a barragem através da SERB, venha a licitar essa obra essencial”, afirmou Melo.
Próxima Etapa
O diretor técnico da Emasa, Marcos Habib considera a ampliação da captação como um grande avanço na melhoria do abastecimento de água para a população de Itabuna e na redução do número de manobras, o que será sentido nos próximos meses pela comunidade.
Ele alerta para a necessidade de construção da barragem visando assegurar o armazenamento de água nos períodos de estiagem prolongada, uma obra que depende do governo do Estado.
Para Jorge Menezes, diretor de planejamento da Emasa, o passo mais importante já foi dado. “Agora começaremos a pensar nos projetos de ampliação de rede, ramais e adutoras em loteamentos que têm casas, mas ainda não têm acesso ao suprimento de água”.
SAGCS/PMI - Texto: Mariana Carvalho - Foto: Vinícius Borges
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