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domingo, 30 de janeiro de 2011

BRASIL:A REVOLUÇÃO DOS TABLÓIDES E DOS SITES

Esta semana que passou o Bahia Noticias publicou uma informação (divulgada nacionalmente) com base numa pesquisa de verificação de circulação de veículos de comunicação, IVC, que causou surpresa. Mais do que isso, deixou uma pergunta no ar: quem e onde é editado o desconhecido (para estas bandas) o “Super Notícia”? Isso porque este jornal, com formato de tablóide, passou a ser o de maior circulação nacional, desbancando o Folha de S.Paulo, líder há 25 anos no País, deixando ainda no chinelo o Globo, Estado de São Paulo, O Dia, Extra, Zero Hora de Porto Alegre e por aí foi. Trata-se de um novo fenômeno na área da comunicação: o avanço extraordinário de jornais tipo tablóide, voltados para classes Ce D, a preços menores, com base em informações policiais e de esportes, sem abandonar as demais. O Super Notícias é rodado em Belo Horizonte e parece ser esta a nova tendência do setor, ao lado dos sites (como este BN) que crescem em acesso, na medida em que o computador se populariza. O BN está oscilando numa margem diária entre 55 a 65 mil acessos únicos diários, isto é, cada acesso no mesmo computador só é computado uma vez. O Super Notícias nasceu em 2002 e devo dizer que, como Minas está fora do meu roteiro jornalístico, eu o desconhecia. Imaginem a minha ignorância: desconhecer o campeão. Surpresa é para isso mesmo. Os grandes jornais do sul começam a se inquietar e, seguramente, também os baianos, como se pode observar. Os novos campeões têm conotação de jornais populares, o que vale dizer que jamais desbancarão por completo os tradicionais, que contam com opiniões e artigos que ilustram as suas páginas. No exterior, muito se debateu e ainda se debate sobre o fim dos jornais. Não contem com isso. Os sites têm um grande espaço à frente, considerados “informação limpa”, sem tinta e papel, mas os velhos e saborosos jornais sempre terão o seu lugar. Um fato a refletir é o de que, se no exterior os tablóide têm preferência, aqui no Brasil eles começam a penetrar. É a notícia lida de forma rápida e, quando é possível, no deslocamento de casa para o trabalho nos bons sistemas de transporte coletivo, coisa que da Bahia está longe. Desconfio até que nem metrô teremos, mesmo que isso que está aí rode um dia sobre trilhos para ligar o nada a lugar nenhum. 

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