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quinta-feira, 10 de abril de 2014

Os VEXAMES do Flamengo

A eliminação para o Leon do México, em pleno Maracanã, com gols de Arizala, aos 21'/1ºT (0-1); André Santos, aos 29'/1ºT (1-1); Boselli, aos 30'/1ºT (1-2); Alecsandro, aos 34'/1ºT (2-2); Peña, aos 37'/2ºT (2-3), fortalece o rol de vexames do Flamengo, diante de 53.230 pagantes.

A derrota para o América do México por 3 a 0, em 08/05/2008, em um Maracanã com 50 mil rubro-negros, e a conseqüente eliminação da equipe da Taça Libertadores, entra para a lista dos maiores vexames da centenária história do Clube de Regatas do Flamengo. A tragédia ocorreu em um dia que prometia ser de festa, três dias depois da conquista do 30º título carioca e com homenagens ao treinador Joel Santana, que se despedia (voluntariamente) do clube.

Um outro vexame do clube também ocorreu em um dia que seria de comemoração: a derrota por 6 a 0 para o Botafogo em 15 de novembro de 1972, pelo Campeonato Brasileiro, dia do aniversário do clube. Com três gols de Jairzinho. Um de letra. Uma derrota que foi lembrada pelos alvinegros nos clássicos contra os rubro-negros durante 19 anos, quando o time comandado por Zico devolveu o placar no Campeonato Carioca de 1981.

Outro vexame histórico do Flamengo não ocorreu diretamente contra o Botafogo, mas teve o Alvinegro como 'coadjuvante'. Na penúltima rodada da Taça Guanabara de 1968, o Flamengo empatou sem gols com o forte time do Botafogo (Gérson, Jairzinho, Roberto, Paulo César Lima, todos campeões mundiais dois anos depois no México). Com isso, precisava 'apenas' empatar com o Bonsucesso, na rodada final, para ser campeão. Após até ter dado até volta olímpica antecipada, os atletas rubro-negros foram vítima da confiança exagerada (algo que se repetiu 40 anos depois no mesmo Maracanã, contra o América-MEX) e perderam por 2 a 0. Descrente em um tropeço rubro-negro, o Botafogo havia enviado seus jogadores para uma excursão. E eles tiveram que voltar às pressas para decidir o título em um jogo extra. Resultado: Bota 4 a 1.

Outro desastre rubro-negro ocorreu diante de um time também sem tradição. Em 1980, o Flamengo brigava pelo, até hoje inédito, tetracampeonato carioca para o clube. A expectativa da torcida do Flamengo era grande, já que o time havia conquistado o Campeonato Brasileiro daquele ano. Mas após vencer o Estadual em 1978 e 79 (dois torneios foram realizados naquele ano), a equipe foi a Petrópolis (Região Serrana do Rio) e perdeu para o Serrano por 1 a 0, gol de Anapolina. A derrota tirou as possibilidades de o Flamengo ser campeão naquele ano. O título ficou com o Fluminense.

Quinze anos depois, o Tricolor foi responsável, não por um vexame, mas por uma tristeza marcante para o clube da Gávea. No ano do centenário, o Flamengo contava com Romário no elenco (o melhor jogador do mundo na época) e um dos melhores treinadores do Brasil, Vanderlei Luxemburgo. O Rubro-Negro chegou à última rodada do hexagonal decisivo precisando de um empate com o Fluminense para ficar com o título. Depois de estar perdendo por 2 a 0, conseguiu o empate, mas sofreu um gol histórico: a dois minutos do fim, Renato Gaúcho fez, de barriga, e o Tricolor venceu o jogo final do Carioca de 1995 por 3 a 2, impedindo o grande rival de comemorar o título em seus 100 anos.

Pelo Campeonato Carioca de 1997, o Flamengo teve um time de Joel Santana como carrasco. Na última rodada do primeiro turno da competição, o Rubro-Negro precisava de uma vitória sobre o Botafogo para disputar o título da Taça Guanabara contra o próprio Alvinegro, classificado por antecipação. Joel escalou um time só com reservas e sequer ficou no banco. Mesmo com Romário e Sávio em campo, quem brilhou foi o botafoguense Renato, autor do gol da vitória por 1 a 0.

Neste século, o grande vexame rubro-negro foi a derrota na decisão da Copa do Brasil de 2004, diante do Santo André. Apesar do adversário ter conseguido eliminar rivais de peso, como Atlético-MG e Palmeiras, a confiança rubro-negra no título era enorme. E aumentou após um empate por 2 a 2 no jogo de ida, em São Paulo. Igualdade sem gols ou por 1 a 1 eram suficientes para o Flamengo levantar a taça. Em 30 de junho, o time paulista, com jogadores desconhecidos, calou o Maracanã lotado e venceu por 2 a 0, tirando um título dado como certo pela maioria dos torcedores do Flamengo. Tão certa como a classificação para as quartas-de-final da Libertadores-2008 após a goleada de 4 a 2 no estádio Azteca no jogo de ida. por Carlos Ferreira

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