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quinta-feira, 15 de março de 2012

Dilma evita falar sobre crise política após ruptura com PR no Senado

A presidente Dilma Rousseff fez uma visita, nesta quinta-feira, às obras da Ferrovia Norte-Sul. Ela percorreu um trecho de 3,5 quilômetros em um vagão da ferrovia, visitou um túnel e também fez um sobrevoo na área. Ao falar com os jornalistas, a presidente se recusou a comentar a crise política que seu governo enfrenta nesse momento, e na rápida entrevista, não quis responder perguntas sobre esse assunto.
"Vocês me chamaram aqui não é para escutarem isso (sobre a obra da ferrovia Norte-Sul). Sei disso. Agora, se eu cair na besteira de falar de algo que não seja dessa obra, vocês não colocam uma linha (na imprensa) sobre essa obra. Tenho a minha estratégia. Vim aqui avisar que estamos investindo em ferrovia. Ai de mim se falar outra coisa", disse Dilma.

Ao seu lado, durante a entrevista e também ao longo da viagem, estava o ministro dos transportes, Paulo Sérgio Passos, do PR, partido que está no centro da crise política no Senado. Os setes senadores do partido estão agora na oposição ao governo, conforme anunciou o líder da legenda, Blairo Maggi (MT), nesta quarta-feira.
Da Agência O Globo


Sobre a obra, a presidente disse que ela é estratégica não apenas para os estados que a ferrovia vai cortar, mas também para todo o país. Ao lado de Dilma, também estavam os governadores do Goías, Marconi Perillo (PSDB), e de Tocantins, José Wilson Siqueira Campos (PSDB). A presidente disse que essa reunião poderia até acontecer em Brasília, mas que não seria tão “real, efetiva”.

"Não é uma visita política, mas sim uma visita de trabalho."

A Ferrovia Norte-Sul é uma obra que faz parte do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). O traçado inicial previa a construção de 1.573 quilômetros de ferrovia nos estados do Maranhão, Tocantins e Goias, mas logo dos últimos anos novos trechos foram incorporados e o traçado ganhou uma extensão de 2.760 quilômetros. O projeto é executado pela Valec, empresa pública vinculada ao Ministério dos Transportes, com investimento previsto de R$ 7,2 bilhões.

Essa é a primeira visita de Dilma às obras da Ferrovia Norte-Sul após ser eleita. A ferrovia começou a ser construída em 1987 e houve vários adiamentos para entrega da obra.

Questionada pelos jornalistas sobre a ata da mais recente reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, divulgada nesta quinta-feira, Dilma apenas disse:

"Vou repetir o que disse na Alemanha. Quem fala sobre os juros é o presidente do Banco Central."

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