Por Gabriel Vaquer | Folhapress
Mina de sal-gema da Braskem, em Maceió
Foto: Reprodução / Gazeta Alagoas
O caso da mina da Braskem em Maceió (AL), já considerada a maior tragédia ambiental urbana do Brasil, virou capítulo de um novo problema nos bastidores entre a TV Gazeta de Alagoas e a Globo. As duas vivem uma briga na Justiça por conta do desejo da TV da família Marinho de encerrar a parceria em 31 de dezembro.
O canal local, que pertence ao ex-senador e ex-presidente Fernando Collor, tem omitido o nome da empresa em reportagens locais e feito uma cobertura tímida sobre o assunto. Nas últimas três edições do AL2, de quarta (29) a sexta (1), o jornal de horário nobre da TV Gazeta fez apenas três reportagens sobre o desastre, citando a Braskem nominalmente apenas uma vez.
A Globo ficou incomodada. A Braskem é uma das maiores anunciantes da TV Gazeta, com contratos fechados para exibição nos telejornais locais. O dinheiro é importante para a empresa cumprir acordos, já que está em recuperação judicial desde 2019.
Outro fato também azedou ainda mais a relação. Na quinta (30), quando a situação em Maceió já era grave, a Globo tentou fechar uma reportagem para o Jornal Nacional sobre a tragédia com a TV Gazeta. Por conta de problemas na comunicação, a equipe do JN não conseguiu produzir um material. A edição daquele dia ficou sem citar o ocorrido.