Equipes criaram pouco no clássico no Maracanã
POR JOÃO PEDRO FONSECA
Paquetá cai após sofrer falta de Desábato - Guito Moreto / Agência O Globo
Existe uma expectativa natural em torno de qualquer clássico. Mas a precocidade do encontro entre Flamengo e Vasco, neste sábado, no Maracanã, frustrou até aqueles que, ajuizadamente, pouco esperavam. Ao apito final, o empate em sem gols pelo Campeonato Carioca, revelou que há um longo caminho a ser percorrido pelos dois times do Rio que disputarão a Libertadores este ano. No caso do Cruz-maltino, o alerta é mais urgente, já que a estreia na competição continental será na quarta-feira, contra o Universidad Concepción.
É difícil fazer cobranças a dois times que ainda estão em busca de identidade. O Vasco, afetado por uma crise política, vê seu elenco ser reformulado e enfraquecido. O Rubro-negro, por sua vez, não fez grandes mudanças no grupo, mas ainda observa o retorno gradual de peças importantes. Ontem, as novidades foram Everton Ribeiro e Rhodolfo, além de Marlos Moreno, que fez a sua primeira partida pelo novo clube. Como reflexo, o que se viu foi pouca construção e muito desentrosamento na primeira partida após o retorno à regra anterior, que permite apenas três substituições por time.
Menos jovem do que o time que iniciou o Carioca, o Flamengo apostou nos meninos que já chamavam a responsabilidade no ano passado: Paquetá, Vinicius Junior e Vizeu. Mas o toque de bola cobrado incessantemente pelo técnico Carpegiani nas partidas anteriores não era executado no Maracanã. A melhor chance da primeira etapa se deu logo aos 6 minutos, quando Vizeu finalizou fraquinho e parou em Martín Silva. O Vasco também esteve longe de agradar, e só Paulinho empolgou: driblou Cuéllar e tentou uma caneta em Rhodolfo, que precisou pará-lo com falta.
Erazo divide a bola com Everton Ribeiro - Agência O Globo
ALERTA LIGADO
Talvez por perceber a pouca vocação ofensiva do adversário, Paulo César Carpegiani deixou o Flamengo mais ofensivo ao trocar Rômulo por Marlos, na segunda etapa. O rubro-negro, que já era mais perigoso, continuou a ameaçar em lances em velocidade: Paquetá foi parado por Martín Silva duas vezes. Vinicius Júnior, quando foi deixado na cara do gol por Marlos, finalizou para fora.
Se o rubro-negro pode lamentar não ter vencido um clássico em que foi mais produtivo, é o vascaíno quem deve deixar o duelo contrariado. Afinal, o time se mostrou longe de estar preparado para o perigoso compromisso de quarta-feira. Leia mais:
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