O presidente americano, Donald Trump, na Virgínia, em 2 de março de 2017 - AFP
Donald Trump retomou nesta segunda-feira sua ofensiva em termos de imigração e segurança interna com a assinatura de um novo decreto contra viajantes de seis dos sete países muçulmanos inicialmente atingidos, mas isentando estrangeiros com visto e ‘green card’.
O presidente americano assinou o documento longe das câmeras, no Salão Oval da Casa Branca, após ter passado o final de semana acusando seu predecessor, Barack Obaram, de ordenar escutas telefônicas contra a Trump Tower durante a campanha eleitoral. http://www.istoedinheiro.com.br
“Este decreto se insere nos nossos esforços para limitar as vulnerabilidades exploradas pelos terroristas islâmicos radicais para fins destrutivos”, declarou o chefe da diplomacia americana, Rex Tillerson, durante uma declaração à imprensa com seus colegas da Justiça e da Segurança interna.
O Iraque não faz mais parte dos países cujos cidadãos foram proibidos de entrar nos Estados Unidos, e seu governo já comemorou. O decreto entra em vigor em 16 de março, por 90 dias, segundo documentos publicados nesta segunda-feira pelo departamento de Segurança interna.
A suspensão da entrada de refugiados por 120 dias também passará a valer, mas aqueles com viagem aos Estados Unidos já programada poderão entrar no país.
O assunto é quente e corresponde às promessas de campanha do republicano, que está comprometido com a implementação de uma política de “verificação extrema” nas fronteiras para evitar a entrada de extremistas.
Seu primeiro decreto, assinado uma semana depois de chegar ao poder, havia provocado um clamor global, sendo Donald Trump acusado de discriminação contra os muçulmanos, potencialmente inconstitucional.
A nova versão deve alcançar o mesmo propósito, mas contornando a obstrução da justiça, que suspendeu a aplicação do texto original.
Ele tentou fechar a porta aos cidadãos de sete países de maioria muçulmana por 90 dias, incluindo os titulares de vistos válidos e, a princípio, aos residentes permanentes, criando confusão nos aeroportos dos Estados Unidos e no exterior.
“A Constituição e o Congresso deram o poder ao executivo de emitir julgamento de segurança nacional e de aplicar nossas leis migratórias a fim de proteger os americanos”, declarou o secretário de Justiça, Jeff Sessions. “Este decreto é um exercício apropriado deste poder”.
Fim do ‘caos’