Caso ocorreu em novembro de 2024
Por iG Último Segundo|
Reprodução
Camêras de segurança mostram momento em que PM dispara contra estudante de medicina em SP
A Justiça de São Paulo negou o pedido de prisão preventiva do policial militar Guilherme Augusto Macedo, a cusado de matar o estudante de medicina Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos, com um tiro à queima-roupa, no dia 20 de novembro de 2024, na zona sul da capital paulista.
A Polícia Civil de São Paulo havia solicitado a prisão preventiva do PM na sexta-feira, 3 de janeiro, após a conclusão do inquérito policial que investigava o caso. O pedido foi formalizado com o crime de homicídio doloso eventual.
O policial já havia sido indiciado no Inquérito Policial Militar (IPM) por homicídio doloso e permanece afastado das atividades, assim como o PM que acompanhava Macedo no momento da abordagem.
Relembre o Caso
Marco Aurélio Cardenas Acosta, estudante de medicina da faculdade Anhembi Morumbi, foi morto por um policial militar durante uma abordagem na madrugada do dia 20 de novembro de 2024, em um hotel localizado no bairro da Vila Mariana, zona Sul de São Paulo. De acordo com o boletim de ocorrência, os policiais relataram que Marco Aurélio estava "bastante alterado, agressivo e resistiu à abordagem", entrando em vias de fato com a equipe.
No entanto, câmeras corporais da Polícia Militar contradizem a versão apresentada pelos policiais envolvidos na abordagem. Imagens obtidas pela Polícia Civil e relatadas pela CNN mostram que o estudante foi encurralado e baleado após receber um chute.
As imagens também desmentem a alegação de que Marco Aurélio teria tentado pegar a arma do soldado Bruno Carvalho do Prado, justificativa utilizada pelos policiais para o disparo realizado por Guilherme Augusto Macedo.
A investigação sobre a morte do estudante segue em andamento, com a Polícia Civil avaliando as evidências e imagens das câmeras corporais que contradizem os relatos iniciais dos policiais. O caso continua a gerar repercussão e mobiliza discussões sobre a conduta policial e a violência policial em São Paulo.
Para os investigadores do DHPP, no entanto, apesar do estudante resistir à abordagem, em nenhum momento “houve movimentação corporal da vítima em direção à arma de fogo do policial, que justificasse, naquele momento, o disparo”, diz trecho do documento.
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