por Edimário Duplat
Contratos secretos obtidos pelo jornal Estado de São Paulo revelam um verdadeiro esquema de leilão na convocação de jogadores para a Seleção Brasileira de Futebol. De acordo com reportagem publicada neste sábado (16), a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) negocia os atletas convocados para o escrete canarinho através de critérios estabelecidos por parceiros comerciais (agentes, cartolas, testas de ferro e empresas em paraísos fiscais), fazendo com que qualquer substituição precisa ser realizada em um “mútuo acordo” e os envolvidos precisam ter o mesmo “valor de marketing” estabelecido por empresários e a entidade.
Ainda segundo a reportagem, a CBF mantém um contrato com a companhia ISE desde 2006 para a realização de amistosos do selecionado, onde a empresa negocia totalmente os adversários e locais para a realização dos jogos. Entretanto, a ISE funciona como uma empresa de fachada nas Ilhas Cayman e funciona como uma subsidiária do grupo Dallah Al Baraka, um dos maiores conglomerados do Oriente Médio. Renovado por dez anos em 2011, o acordo passou a ser sublicenciado para outras duas empresas, a Kentaro e a Pitch Internacional, e passou a ter em suas minutas as menções que determinam quem será convocado para integrar a equipe nacional, obrigando que apenas os principais jogadores da equipe sejam utilizados nos amigáveis internacionais.