O Governo do Estado assinará um convênio com a empresa Biogeoenergy, do Grupo Geoterra, nesta segunda-feira, 11, às 9h, para a fabricação de aparelhos respiradores no combate à pandemia da Covid-19 (novo coronavírus) na Bahia. A iniciativa pretende otimizar a produção dos equipamentos, uma vez que as compras de respiradores da China não foram concluídas – a primeira ficou retida nos Estados Unidos e a segunda, cancelada pelo governo baiano.
A implantação da linha de montagem da nova empresa em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), terá o apoio técnico do Senai Cimatec (instituição referência em educação, pesquisa e inovação), que ofereceu condições especiais, como a divisão em 50% dos custos de condomínio e de aluguel da área.
A chegada da empresa é comemorada pelo vice-governador do Estado e secretário Estadual de Desenvolvimento Econômico, João Leão (PP). “Estamos vivendo um período muito difícil. A Bahia se sente privilegiada de uma fábrica dessa natureza se instalar por aqui. Vai atender ao mercado baiano, à região Nordeste, aos estados brasileiros e até mesmo à América do Sul”. Leão revelou que tem recebido diversas ligações de prefeitos de municípios baianos, solicitando o respirador, mas, como o equipamento está em falta no mercado, não tem como atender à demanda.
Trabalho
De acordo com o sócio-fundador da Biogeoenergy, Paulo Tarso, a vinda da empresa vai criar oportunidades de trabalho, especialmente neste momento crítico e de incertezas. “Devem ser gerados aproximadamente 180 vagas de emprego. O melhor é que toda a Bahia e o Consórcio Nordeste vão poder comprar os equipamentos fabricados na própria região, sem atrasos de entrega”, assegura. Ainda segundo Paulo Tarso, o preço de cada respirador deve ser muito inferior ao praticado na China, cujo valor pode chegar a R$ 200 mil.
A CEO da empresa Hempcare, Cristiana Prestes Taddeo, responsável pela distribuição e venda dos aparelhos da Biogeoenergy, diz que o principal objetivo é salvar vidas. “Quando percebemos que os respiradores importados, que são quase três vezes mais caros que os nossos, tinham longa espera para a entrega, resolvemos investir aqui, gerar emprego e salvar pessoas”. Cristiana revela que a demanda está alta e há reservas dos equipamentos em diversas cidades e estados do país, como Ceará, Amazonas, Rio de Janeiro, entre outros.