Medida entra em vigor neste sábado (5)
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Segundo matéria do InfoMoney, estimativas do governo Federal apontam que cerca de 60 milhões de pessoas serão contempladas pela isenção total ou parcial da tarifa. O custo da medida é estimado em R$ 3,6 bilhões por ano, valor que, segundo o Ministério de Minas e Energia, será compensado com a abertura do mercado de energia e ajustes regulatórios no setor.
Antes da mudança, apenas indígenas e quilombolas tinham direito à gratuidade. Famílias de baixa renda, antes cadastradas no CadÚnico, recebiam descontos de até 65% na fatura. Agora, no novo modelo, o benefício é ampliado, estabelecendo uma isenção total para quem consome até 80 kWh por mês. Para consumo entre 80 e 120 kWh, o desconto é mantido.
Pelas novas regras, poderão receber o benefício:
-Famílias com renda mensal de até meio salário-mínimo por pessoa e inscritas no CadÚnico;
-Beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC), como idosos a partir de 65 anos e pessoas com deficiência;
-Famílias indígenas e quilombolas inscritas no CadÚnico;
-Famílias residentes em áreas atendidas por sistemas isolados de geração (off-grid);
Além da alteração, o governo estabelece uma nova faixa de desconto, voltada para famílias que possuem renda entre meio ou até um salário-mínimo per capita. Nestes casos, haverá uma redução proporcional sobre a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para consumo de até 120 kWh por mês. A CDE representa cerca de 12% da conta de energia e financia políticas públicas no setor elétrico.
Pressão política e custo fiscal
A MP que viabiliza a nova tarifa social ainda depende da aprovação da Câmara e do Senado. A medida é tratada como uma vitrine social do governo Lula, especialmente importante em um contexto de queda de popularidade entre os eleitores de baixa renda. A meta é ampliar o acesso à energia e aliviar o orçamento das famílias mais vulneráveis.
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