Monique de Carvalho - SNB
O banco, do Amapá, foi condenado pela justiça por etarismo, como um local tóxico para funcionários idosos trabalharem.
Foto: reprodução TV Brasil

O caso ganhou repercussão nacional. Apesar de ter começado com uma reclamação trabalhista individual, a Justiça entendeu que a prática ofensiva tinha caráter repetitivo e era tolerada institucionalmente. Por isso, a condenação foi ampliada para o campo coletivo, com reflexos em todas as agências do banco no país.
Além da indenização, o banco terá que criar, no Amapá, uma comissão interna para receber denúncias de assédio, investigar e corrigir práticas abusivas. O prazo para implementação é de 90 dias, e os recursos serão destinados ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) ou a outra entidade indicada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).
Desvalorizada na frente dos outros
O caso teve origem em uma ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho do Amapá, após uma sentença individual revelar práticas de assédio com viés etarista dentro da instituição bancária.
A funcionária era constantemente desvalorizada em reuniões, onde ouvia frases como: “tem gente velha se aposentando que não consegue fazer”, ditas pelo próprio gerente geral. Esses comentários, segundo testemunhas, geravam um efeito dominó.
Colegas repetiam as ofensas e, em tom de desprezo, incentivavam a profissional a “pedir para sair”. A situação era agravada pelo acúmulo de tarefas. A bancária era escalada frequentemente como preposta em audiências trabalhistas e, mesmo com a carga de trabalho elevada, continuava sendo cobrada por produtividade. Leia mais no sonoticiaboa
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