O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) divulgou um relatório preliminar sobre o acidente aéreo ocorrido em 22 de dezembro, em Gramado, na Serra Gaúcha. A tragédia deixou 10 mortos de uma mesma família e 17 feridos. Até agora, dois fatores foram identificados como possíveis causas do acidente. Por NPExpresso
O primeiro fator é o “Cfit” (Controlled Flight Into Terrain), que ocorre quando uma aeronave colide com o solo ou obstáculos sem apresentar falhas mecânicas. Segundo a Força Aérea Brasileira, esse tipo de acidente geralmente está associado à desorientação espacial, percepção equivocada ou falhas de navegação do piloto. O relatório confirmou que a aeronave colidiu com a chaminé de uma casa antes de atingir o solo.
Outro fator apontado foi a perda de controle em voo, conhecida como Loss of Control in-Flight (LOC-I), que acontece quando o piloto não consegue manter o controle da aeronave, resultando em um desvio irrecuperável da trajetória planejada.
No dia do acidente, a aeronave decolou do Aeroporto de Canela, que não possui torre de controle, sob forte cerração. O relatório do Cenipa é preliminar e pode sofrer alterações. O órgão esclarece que a investigação busca identificar fatores técnicos, sem atribuir culpa ou responsabilidade.
A aeronave, pilotada por Luiz Cláudio Salgueiro Galeazzi, decolou às 9h15 de Canela, mas logo perdeu altitude, colidindo com a chaminé de um prédio, uma casa, uma loja de móveis e uma pousada. A explosão resultante deixou 17 feridos, a maioria por inalação de fumaça.
Duas vítimas continuam internadas em Porto Alegre com queimaduras graves. Valdete Maristela Santos da Silva, de 51 anos, está na UTI do Hospital Cristo Redentor com queimaduras em 30% do corpo, mas respira sem aparelhos. A outra paciente, de 56 anos, segue na UTI de queimados do Hospital de Pronto-Socorro, com 43% do corpo queimado. Ambas seguem em estado grave, sem previsão de alta.
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