O ator chinês Wang Xing, de 22, conhecido pela atuação em doramas como "Fox Spirit Matchmaker: Red-Moon Pact", detalhou o período traumático após ser sequestrado e encontrado em Mianmar.
O artista conta que viajou para Tailândia para um suposto teste de elenco. De acordo com relatos da mídia local, Wang Xing teria sido contatado por um chinês que se passou por representante de uma produtora tailandesa. O homem utilizou um aplicativo de mensagens para fazer a oferta de trabalho.
Após desembarcar na Tailândia, em 3 de janeiro, Wang foi levado para Mae Sot, na província de Tak. O ator foi mantido em cativeiro por três dias. Wang foi resgatado por policiais e aos oficiais, relatou o que aconteceu.
Segundo o ator, ele foi empurrado para dentro de um carro por homens armados e no caminho começou a perceber que poderia ter sido levado pela fronteira para Mianmar.
Wang contou as autoridades que pelo menos 50 pessoas foram mantidas no mesmo prédio que ele. "Havia mais em outro prédio, e as pessoas vinham de diferentes países."
No local, o ator foi forçado a participar de um esquema de fraude contra outros cidadãos chineses.
"Informações telefônicas mostraram que ele foi convidado para um casting no país vizinho (Mianmar), mas depois que cruzou a fronteira, ele foi ordenado a fazer um trabalho diferente. Ele só quer ir para casa. Não fez nenhum pedido especial e disse que não tem preocupações sobre a Tailândia e que repetiria sua visita", disse a polícia local.
O governo do Brasil acionou as autoridades de Mianmar e da Tailândia em dezembro de 2024 para tentar localizar dois brasileiros que foram vítimas de tráfico humano.
Luckas Viana e Phelipe de Moura Ferreira viajaram para Bangkok, capital tailandesa, em outubro e novembro, respectivamente, após terem sido chamados para trabalharem em um cassino e em um call center para uma empresa.
A situação relatada pela mídia é igual ao episódio do ator chinês.
Luckas e Phelipe conseguiram entrar em contato com os familiares no Brasil, escondidos dos sequestradores e relataram que estavam sobre condições de trabalho escravo e sofrendo agressões.
Por meio de nota, o Itamaraty afirmou que acompanha o caso pelas embaixadas do Brasil em Bangkok e Yangon — em Mianmar.
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