Das 12 sessões de outubro até momento, esta foi a oitava em que taxas subiram
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
As taxas dos DIs fecharam a quarta-feira (16) novamente em alta, na contramão da queda dos rendimentos dos Treasuries no exterior, em meio a preocupações do mercado com as contas públicas, ainda que membros do governo Lula se empenhem em passar uma imagem de compromisso com o equilíbrio fiscal.
Segundo informações do portal InfoMoney, das 12 sessões de outubro até o momento, esta foi a oitava em que as taxas subiram.
No fim da tarde a taxa do DI para janeiro de 2025 — que reflete as apostas para a Selic no curtíssimo prazo — estava em 11,164%, ante 11,147% do ajuste anterior.
A taxa para janeiro de 2026 estava em 12,64%, ante o ajuste de 12,606%, e o vencimento para janeiro de 2027 marcava 12,805%, ante 12,734%.
Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2031 estava em 12,81%, ante 12,684%, e o contrato para janeiro de 2033 tinha taxa de 12,73%, ante 12,608%.
Em uma sessão de agenda esvaziada, os investidores voltaram novamente as atenções para Brasília em busca de pistas sobre o que o governo federal fará para cumprir a meta fiscal de 2024, obedecendo ao arcabouço fiscal.
Pela manhã, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a agenda de revisão de gastos públicos é tema a ser tratado com prioridade pelo governo até o fim do ano. Segundo ele, serão propostas de medidas “consistentes” para que o arcabouço fiscal tenha vida longa.
“As pessoas ficam cobrando anúncio. Nós faremos isso quando o governo estiver todo alinhado em relação aos propósitos… O que está traçado daqui para o final do ano é que essa agenda seja prioritária. Eu nem estou falando em corte, eu quero muito mais uma calibragem da dinâmica da evolução dos gastos para caber dentro do arcabouço fiscal e nós seguirmos a vida com o juro mais baixo, crescimento, geração de emprego”, disse Haddad.
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