Alexandre Saraiva responde a uma queixa por ter denunciado um superior hierárquico sem aval dos chefes dele
Foto: Reprodução/YouTube
O delegado da Polícia Federal (PF), Alexandre Saraiva, foi afastado por 31 dias da corporação. Ele ganhou notoriedade durante o governo Jair Bolsonaro ao confrontar o ex-presidente, denunciando que o então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, estava agindo contra a proteção dos recursos naturais, área de responsabilidade de Saraiva como superintendente. As informações são do jornal O Globo.
No governo atual do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o afastamento de Saraiva ocorreu devido a uma infração disciplinar. Uma comissão analisou o caso, que também passou pela corregedoria-geral da corporação. A infração envolveu denúncias feitas por Saraiva contra o então diretor da PF, Paulo Maiurino, sem o aval da chefia imediata, além de conceder entrevistas à mídia.
Em entrevista à coluna de Malu Gaspar, do O Globo, Saraiva afirmou que pretende recorrer da decisão e envolver o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. “Esse processo administrativo é uma vingança. Ele foi gestado durante o governo Jair Bolsonaro e a comissão que avaliou o procedimento é formada por bolsonaristas”, declarou o delegado.
Durante o governo Bolsonaro, Saraiva deu várias entrevistas à imprensa, incluindo uma significativa ao programa Roda Viva, da TV Cultura. Essas divulgações e uma representação contra Maiurino foram usadas para questionar a conduta do delegado. Além disso, a candidatura de Saraiva a deputado federal pelo PSB no Rio de Janeiro foi criticada, com acusações de que ele teria utilizado seu cargo para autopromoção antes de se afastar para a campanha.
“Durante a sindicância que pedia minha demissão e o processo administrativo reaberto, vivia com uma espada no pescoço”, afirmou Saraiva.
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