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domingo, 14 de julho de 2024

Farmacêutica brasileira cria teste inovador, sem animais, e ganha prêmio internacional

A farmacêutica brasileira Lauren Dalat ganhou prêmio internacional, com uma solução que usa células troco de dente humano para fazer testes de perfumes, sem animais. 
Foto: Reprodução/CRF-GO.
A farmacêutica e pesquisadora brasileira Lauren Dalat criou um teste sem animais para cosméticos e conquistou um prêmio internacional. A solução é inovadora para a indústria. Por Vitor Guerra * SNB

Mestranda em Farmácia pela Universidade Federal de Goiás (UFG), ela desenvolveu uma solução que usa células-tronco de dentes humanos, em vez de bichinhos vivos.

Com o projeto, Lauren foi a única brasileira a vencer em uma das categorias do Lush Prize 2024. O evento foi realizado em Londres e a pesquisadora, de apenas 25 anos, venceu na categoria Jovens Pesquisadores. Ela faturou R$ 10 mil libras (aproximadamente R$ 69 mil) e o dinheiro será usado para continuar a pesquisa!

Mudanças na indústria de cosméticos
Com o estudo, Lauren conseguiu demonstrar que as células-tronco dentárias podem ser usadas para identificar substâncias em cosméticos que causam malformações congênitas em bebês.

Hoje, os métodos tradicionais testam em animais e nem sempre refletem exatamente com precisão as reações humanas.

“Primeiramente, utilizamos compostos conhecidos por sua teratogenicidade para avaliar se as células-tronco humanas são um modelo de triagem confiável. Até o momento, não avaliamos especificamente a interferência de cosméticos neste modelo. No entanto, já é amplamente reconhecido que substâncias como retinóides, por exemplo, não são recomendáveis durante a gestação aos ricos que representam para os fetos”, explicou Lauren em entrevista ao Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás.

Vencendo o prêmio
Para a competição, Lauren levou uma combinação que aumenta ainda mais a confiabilidade e a ética do teste.

“Para a proposta do Lush Prize 2024, combinamos o modelo 3D de pele com esferas derivadas de células-tronco para verificar se a aplicação tópica de cosméticos pode causar algum dano a essas esferas”, contou a pesquisadora.

O estudo foi orientado pela professora doutora Marize Campos Valadares, no Laboratório de Ensino e Pesquisa em Toxicologia In Vitro da Faculdade de Farmácia da UFG (Tox In-FF/UFG).

O Lush é um fundo global que apoia iniciativas voltadas para a eliminação ou substituição dos testes em animais. Ao todo, a edição de 2024 teve 14 projetos vencedores de 9 países diferentes. Leia mais AQUI

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