O ex-diretor da Abin disse a aliados que teria recebido informações de que Luciana Pires ela ligada a Wilson Witzel, que à época era desafeto de Bolsonaro
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Após vir a público o grampo de reunião que tratou sobre o uso da estrutura do governo Bolsonaro para blindar o senador Flávio Bolsonaro (PL) no caso das “rachadinhas”, o deputado e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem (PL-RJ), disse ter feito a gravação por desconfiar de um dos participantes do encontro. A afirmação se deu em um vídeo compartilhado pelo parlamentar nas redes sociais.
Conforme Igor Gadelha, no portal Metrópoles, em conversas privadas, no entanto, ele revelou a identidade do alvo de sua desconfiança: a advogada Luciana Pires. Segundo a publicação, Ramagem disse a aliados que teria recebido informações de que ela seria ligada ao ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, à época visto como desafeto político do então presidente Jair Bolsonaro (PL).
Witzel chegou a ser citado na reunião pelo próprio Bolsonaro, que relatou suposta proposta do governador para blindar Flávio em troca de uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
“Ano passado, no meio do ano, encontrei com o Witzel (…) Ele falou: ‘eu resolvo o caso do Flávio. Me dá uma vaga no Supremo’”, disse o ex-presidente na reunião realizada em agosto de 2020, na qual, além de Ramagem, estavam presentes também o general Augusto Heleno, então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e a advogada Juliana Bierrenbach.
Procurada pela coluna, Luciana Pires disse não acreditar que o ex-diretor da Abin tenha relatado desconfiança sobre ela e afirmou que “jamais esteve” com Witzel. “Não temos qualquer contato e nunca tivemos”, disse. “Nunca conversamos. Não me lembro nem se já o encontrei. Não tenho o telefone dele e nem ele o meu. Zero contato”, acrescentou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário