Barroso considera que as principais dificuldades para enfrentar desafios ligados ao clima são três, sendo a primeira o negacionismo científico
Foto: Roberto Jayme/Tribunal Superior Eleitoral
“A natureza escolheu, infelizmente, tragicamente, o Rio Grande do Sul (RS) para ser um grande alerta de que há um problema grave e urgente ocorrendo no mundo e que nós precisamos enfrentar”, disse o 0 presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, durante participação no 167° Período Ordinário de Sessões da Corte Interamericana de Direitos Humanos, nesta segunda-feira (20).
Durante fala, o magistrado disse que a mudança climática e a proteção ambiental são possivelmente algumas das “grandes questões definidoras do nosso tempo”. Barroso disse ainda que as principais dificuldades para enfrentar desafios ligados ao clima são três, sendo a primeira o negacionismo científico.
“Ainda existem um grau relevante de ignorância e negacionismo, apesar de quase totalidade dos cientistas testemunharem que é a ação do homem na terra que está provocando esse conjunto de fenômenos que vem abalando as condições de vida entre nós”, afirmou.
A segunda causa está ligada à dificuldade de visualizar os efeitos da destruição ambiental, que, de acordo com o ministro, só são observáveis após cerca de vinte anos. “Os comportamentos lesivos ao meio ambiente que se praticam hoje só vão efetivamente produzir suas consequências para a próxima geração” e é de prática da política ser imediatista, pensar em políticas que atendam ao presente, explicou.
Em último lugar, Barroso pontua que “nenhum país tem condições de, isoladamente, equacionar a questão climática”, por isso, é necessário pensar em soluções mundiais e conjuntas. Barroso diz que a natureza escolheu o Rio Grande do Sul para ser alerta de que há um problema no mundo.
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