Reposição hormonal é indicada para mulheres com diminuição na produção de estrógeno, diz cofundador do Instituto Vencer o Câncer
Foto: Agência Brasil
Uma questão frequente em consultas médicas é se a reposição hormonal aumenta o risco de câncer, especialmente dos tumores de mama. A resposta é afirmativa; porém requer uma explicação mais detalhada: esse aumento corresponde a uma elevação de 10% a 20% sobre o risco já existente. Em outras palavras, se uma mulher possui uma probabilidade de 10% de desenvolver um tumor na mama ao longo da vida, esse risco aumenta um ou dois pontos percentuais.
Logo, trata-se de um risco relativamente baixo para aquelas mulheres que teriam menores chances de desenvolver a doença, de acordo com Fernando Maluf, cofundador do Instituto Vencer o Câncer e professor livre-docente da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo ao portal Forbes Brasil.
“Além disso, a reposição hormonal traz uma série de benefícios, como a melhora da saúde vaginal, da pele, do perfil do colesterol, da saúde cardíaca e dos ossos” pontuou.
Maluf ressaltou que é fundamental realizar a reposição hormonal sob orientação médica, levando em consideração o histórico familiar e individual de cada paciente, a partir de uma avaliação criteriosa do quadro da paciente e das queixas.
“Acredito que esta seja a orientação mais importante, para que a paciente entenda os diferentes tipos de reposição que existem e qual deles poderá entregar mais benefícios” disse Maluf.
O médico ainda destacou que a reposição hormonal é indicada para mulheres com diminuição na produção de estrógeno, e não para aquelas com produção normal, pois nesses casos a suplementação pode elevar os níveis hormonais a patamares extremamente altos, aumentando significativamente o risco de câncer de mama, de útero e outros.
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