A dengue, doença transmitida pelo Aedes aegypti, pode ser motivo de afastamento do trabalhador por atestado médico, variando de três a treze dias. Em alguns casos, pode ser definida como doença relacionada ao trabalho.
A doença, mesmo nos quadros mais leves, tem sintomas como dor de cabeça intensa, dor atrás dos olhos e dores musculares que afetam o desempenho das atividades e exigem repouso.
O Ministério da Saúde incluiu a dengue na Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho (LDRT) há alguns anos, e de acordo com o G1, a patologia é associada ao trabalho se durante as atividades de trabalho a pessoa tiver sido exposta ao mosquito Aedes aegypti.
Márcia Bandini, médica e professora da área de Saúde do Trabalhador da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), explica que a forma como a doença é transmitida que define se ela está relacionada ao trabalho.
“Se uma pessoa mora no 15º andar de um prédio (altura que o mosquito não alcança), tem seus momentos de lazer de forma protegida, mas trabalha em um local que tem múltiplos criadores do Aedes aegypti e vários casos de trabalhadores com dengue, é muito provável que esse caso seja relacionado ao trabalho”, exemplifica.
A dengue pode levar ao afastamento das funções, mesmo que não esteja relacionada ao trabalho, assim como acontece com doenças como Covid-19, viroses e até gripe.
De quantos dias é o atestado?
O afastamento pode ser de três a treze dias dependendo do estado clínico do trabalhador, que deve estar atento aos sintomas.
Não. O que determina o afastamento por dengue não é o diagnóstico e sim a gravidade dos sintomas.
Márcia Bandini explica que qualquer licença do trabalho depende da incapacidade temporária da pessoa para trabalhar.
Qual protocolo deve ser adotado no trabalho em caso de sintomas?
Os sintomas definem como se deve proceder em caso de dengue.
Se os sintomas são leves e o trabalhador está disposto para trabalhar não há problemas, porém os sintomas devem ser observados com cuidado.
É papel da empresa monitorar os casos de dengue entre os colaboradores?
Sim. O acompanhamento do número de casos por parte da empresa é importante para que sejam adotadas medidas de prevenção.
“Se a empresa começa a perceber uma quantidade muita alta de casos, isso pode indicar que o local de trabalho poder estar expondo os funcionários a esse risco, com possíveis focos de proliferação do mosquito”, afirma o infectologista Celso Granato ao G1.
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