Suposta invasão aconteceu através do login de um funcionário do órgão
Foto: Nilson Bastian I/Câmara dos Deputados
A deputada federal Carla Zambelli e o hacker Walter Delgatti Neto foram indiciados pela Polícia Federal pela suposta invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O inquérito foi concluído na quinta-feira (29) e ainda deve ser analisado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se a parlamentar será denunciada ou não ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A suposta invasão aconteceu através do login de um funcionário do órgão. De acordo com a PF, a dupla tentou inserir um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Mores, do STF. O crime aconteceu no dia 4 de janeiro do ano passado.
Os agentes de segurança apontam que a dupla foi indiciada pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica.
A defesa da parlamentar, no entanto, nega a ação e ressalta que a liberal “jamais” contratou os serviços do hacker. “Ela jamais fez qualquer tipo de pedido para que Walter Delgatti procedesse invasões a sistemas ou praticasse qualquer ilicitude. Aliás, a arbitrária interpretação deduzida pela autoridade policial asseverando que a deputada tenha recebido eventualmente documentos, não evidencia adesão ou qualquer tipo de colaboração, ainda mais que ficou demonstrado que não houve qualquer encaminhamento a terceiros”, diz o comunicado.
Já os advogados de Delgatti confessa a invasão e diz que o hacker sempre esteve à disposição para colaborar com a Justiça. “Desde sua prisão, Walter confessa sua participação na invasão da plataforma do CNJ. O indiciamento de Carla Zambelli confirma que Walter, a todo momento, colaborou com a Justiça, levando a PF até a mandante e financiadora dos atos perpetrados por ele”, diz.
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