Enquanto isso, a Gol (GOLL4), entrou com pedido de recuperação judicial nos EUA
Azul (AZUL4) Foto: Antonio Moraes/Agência Brasil
As empresas estão assessorando a Azul (AZUL4), que está avaliando diversas alternativas, incluindo a possibilidade de adquirir completamente sua concorrente, revelou uma das fontes, que preferiu não ser identificada porque as discussões ainda estão em fase privada.
No entanto, a Azul (AZUL4) ainda não tomou uma decisão final e pode optar por abandonar a ideia, conforme informado pela fonte. Até o momento, a Azul não respondeu ao pedido de comentário da Bloomberg News, enquanto o Guggenheim e o Citi optaram por não fazer comentários. Vale ressaltar que qualquer oferta seria sujeita à aprovação do Cade.
Enquanto isso, a Gol (GOLL4), sediada em São Paulo, entrou com pedido de Chapter 11 nos EUA, equivalente à recuperação judicial no Brasil, em meio à sua gestão de US$ 2,7 bilhões em passivos de curto prazo e a realização de mais de uma dezena de trocas de dívidas.
Durante o processo, a Gol (GOLL4) conseguiu aumentar seu financiamento de devedores em posse para US$ 1 bilhão, em comparação com os US$ 950 milhões anteriores. Azul (AZUL4)e Gol fazem parte de um trio de companhias aéreas – incluindo a Latam, com sede em Santiago – que dominam o mercado de viagens aéreas na América Latina.
Embora ambas as empresas atendam a algumas rotas de alto tráfego, a Gol (GOLL4) tem maior concentração nos voos entre São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, enquanto a Azul (AZUL4) possui uma rede mais ampla que inclui outras cidades. A Azul (AZUL4) está confiante de que a falta de sobreposição entre as operações das companhias aumentará suas chances de obter aprovação regulatória caso decida fazer uma oferta, afirmou a fonte.
Azul (AZUL4) vê possível fusão com Gol (GOLL4), diz CEO
O CEO da Azul (AZUL4), John Peter Rodgerson, revelou em uma entrevista à Bloomberg News que a empresa está de olho na possibilidade de uma fusão com a Gol (GOLL4), afirmando que estão atentos às oportunidades que surgem. No entanto, ele optou por não fornecer detalhes adicionais sobre o assunto.
Ambas as empresas enfrentaram desafios financeiros no ano anterior devido ao aumento dos preços dos combustíveis de aviação e atrasos na produção de novas aeronaves, apesar do aumento na demanda e nas tarifas.
Em resposta, a Azul (AZUL4) implementou medidas para fortalecer seu balanço, incluindo cortes de custos, acordos com locadores e adiamento do pagamento de dívidas por meio de trocas de títulos com vencimentos anteriores por títulos com prazos mais longos e taxas de juros mais elevadas.
Essas transações foram classificadas pelas agências de rating como trocas de dívida “distressed”.
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