Nome do conselheiro foi citado por Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora, em delação premiada
Foto: Renan Olaz/ Câmara Municipal do Rio
O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Domingos Brazão nega ter envolvimento com o assassinato da vereadora Marielle Franco, ocorrido em 2018. O nome do político retorna às investigações sobre o crime após a delação do ex-sargento da Polícia Militar Ronnie Lessa, que o apontou como mandante do homicídio.
Para O GLOBO, o conselheiro afirmou que ter seu nome citado pelo ex-sargento foi um “golpe muito abaixo da linha da cintura”. Ele ressaltou ainda ter sido investigado sobre o caso e que “não acharam nada”.
“Não tem nada mais forte que a verdade. Esse golpe foi abaixo da linha de cintura. É algo que desgasta. Fui investigado pela Polícia Civil, pela PF e pelo Ministério Público. Não acharam nada. Por que protegeriam o Domingos Brazão? Que servidor público colocaria em risco sua carreira para me proteger? Eu desafio acharem algo contra mim”, afirmou Brazão.
“Lessa deve estar querendo proteger alguém. A polícia tem que descobrir quem. Nunca fui apresentado à Marielle, ao Anderson, nem tampouco à Lessa e ao Élcio de Queiroz. Jamais estive com eles. Não tenho meu nome envolvido com milicianos. A PF não irá participar de uma armação dessas, porque tudo que se fala numa delação tem que ser confirmado”, complementa.
O ex-deputado federal ressalta ainda que sempre esteve “à disposição” e que seus advogados, por diversas vezes, procuraram o Superior Tribunal de Justiça (STJ) para tomar ciência se havia algo contra ele.
“Sempre estive à disposição. Minha família vem sofrendo muito com isso. Fiquei feliz em saber que ele (Lessa) fez a delação, mas ele tem que dizer a verdade. A morte de Marielle revelou muita sujeira embaixo do tapete. Agora querem me empurrar para isso. Se tem alguém que foi sabatinado, investigado, esse alguém foi Domingos Brazão. É um desgaste grande. Estou sangrando, mas não tenho medo de investigação”, crava.
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