Às vésperas do primeiro aniversário dos atos criminosos de 8 de janeiro, ex-presidente rechaça a tese de tentativa de golpe de Estado'
Foto: Tânia Rego/Agência Brasil
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se disse convencido de ter tomado uma decisão correta ao não transmitir a faixa para o adversário Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e afirmou ter feito uma transição de governo com “tranquilidade nunca vista” no país.
A declaração foi dada em entrevista à CNN, na sexta-feira (5), as vésperas do primeiro aniversário dos atos criminosos de 8 de janeiro. O ex-mandatário, porém, rechaçou a tese de que os atos tinham como objetivo um golpe de Estado.
Ao ser perguntado se teme ser preso, Bolsonaro pediu “moderação” e “volta da normalidade” institucional, criticando o clima de “insegurança” no país.
“Hoje em dia estamos em uma insegurança muito grande. (…) Qualquer pessoa no Brasil hoje em dia pode ser presa. Qualquer pessoa. Quem é qualquer pessoa? Você até. Qual a acusação? Não interessa. Alguém achou que você está tentando contra o Estado Democrático de Direito”, respondeu.
“Porque tem palavra aqui que é proibido falar. Você não pode discutir urna eletrônica, não pode discutir vacina. Você não pode falar, tem que ter muito cuidado daquele projeto de lei que está no Congresso que fala sobre censura”, disse o ex-presidente, referindo-se ao PL das Fake News.
“Esse clima não é bom para o Brasil. E a gente espera que haja uma devida moderação por parte em especial do Poder Executivo e do Poder Judiciário, que baixe a temperatura e voltemos à normalidade. Esse clima belicoso que existe no momento. Ou seja, a direita não pode fazer nada. É cassação de mandato, é inelegibilidade. O outro lado pode fazer absolutamente tudo. (…) Olha o meu caso, meu Deus do céu. Eu estou inelegível, porque eu me reuni com os embaixadores e por que eu me reuni com os embaixadores? Porque o ministro [Edson] Fachin se reuniu com os embaixadores”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário