De acordo o Ministério Público do Trabalho na Bahia, das nove empresas e pessoas físicas baianas flagradas na prática, cinco são da área urbana.
Foto: Reprodução/Ministério Público do Trabalho
O Ministério Público do Trabalho na Bahia (MPT-BA) aponta um dado que ainda perdura na história do povo brasileiro e mais parece uma ferida aberta: a escravidão. Isso mesmo, aquele regime perverso de exploração do homem por outro homem, que teoricamente, foi abolido do Brasil, em 1888.
Na mais recente atualização da Lista Suja do Trabalho Escravo do Governo Federal, um cadastro negativo de empregadores com processos concluídos em que se comprovou a prática ilegal, a Bahia aparece com nove contratantes que foram flagrados mantendo pessoas em condições análogas à escravidão, 132 anos após a Lei Áurea e a pseudo abolição.
De acordo o MPT-BA, das nove empresas e pessoas físicas baianas que integram a lista, cinco são da área urbana. Para o procurador Ilan Fonseca, coordenador regional de combate ao trabalho escravo do Ministério Público do Trabalho na Bahia, “a fiscalização encontra cada vez mais esse tipo de prática ilegal dentro das grandes cidades”.
Dentre os empregadores flagrados submetendo trabalhadores a condição semelhante à de escravos, estão empresas de transporte rodoviário, construtoras e organizadoras de eventos, totalizando 45 trabalhadores resgatados de tal situação aviltante.
“Estamos muito preocupados com a precarização das condições de trabalho nesse período de pandemia e muito atentos a casos que exijam a presença das equipes de fiscalização. As operações seguem, como a que foi feita há dois meses em Serrinha, e os casos devem ser denunciados ao MPT ou ao Disque 100 para que possamos apurar”, avaliou o procurador.
Trabalhadores resgatados
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