Foto: Reprodução / G1
A quantidade de pedidos de refúgio de venezuelanos para o Brasil explodiu de 2017 para 2018, crescendo de 17.685 para 61.681, com um crescimento de 245%, conforme os dados fornecidos pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, nesta quinta-feira (25).
O relatório "Refúgio em Números" revela ainda que 81% do total de pedidos de refúgio feitos por venezuelanos ao Brasil em 2018 foram apresentados ao estado de Roraima. O estado recebeu 63% dos novos pedidos de refúgio no ano passado, segundo o G1.
Haiti (7.030), Cuba (2.749) e China (1.450) completam a lista das quatro nações com maior número de solicitações apresentadas em 2018. O relatório aponta ainda que nos últimos oito anos, o Brasil recebeu 206.737 pedidos de refúgio. Foram 80.057 em 2018, frente a 33.866 em 2017.
Segundo o levantamento, três em cada quatro pedidos de reconhecimento da situação de refugiado apresentados no ano passado vieram de venezuelanos. No momento, 52% das solicitações em tramitação são do país vizinho.
De acordo com os dados, em junho de 2019, estima-se que 4 milhões de venezuelanos deixaram o país em razão da crise humanitária pela qual passa o país.
No ano passado, cinco venezuelanos tiveram situação de refúgio reconhecida pelo Comitê Nacional Para os Refugiados (Conare). Neste ano, já são 224.
"No ano passado, o Conare reconheceu cinco venezuelanos como refugiado. O número foi baixo, mas foi o número possível dentro do critério de perseguição subjetiva", afirmou Bernardo Laferté, Coordenador Geral do Comitê Nacional para os refugiados.
Os números são compilados e organizados pela coordenação-gera do comitê nacional para os refugiados do Ministério da Justiça em parceria com o "Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados".
De acordo com a ONU, venezuelanos que deixam o país em decorrência da crise política, econômica e social que atinge a Venezuela nos últimos anos merecem proteção como refugiados.
Segundo relatório, o Brasil tem historicamente 11.231 pessoas reconhecidas como refugiadas. Destas, apenas 6.554 vivem em território brasileiro. As demais, pelos mais variados motivos, como falecimento ou retorno para o país natal, não sustentam mais esta condição.
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