Integrantes da cúpula do governo brasileiro reconheceram que houve uma ação precipitada do líder da oposição na Venezuela, Juan Guaidó, de convocar a população para ir às ruas sob o argumento de que tinha o apoio dos militares.
“Foi um movimento muito desorganizado, com aspecto de briga de torcida”, resumiu o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno”. Para ele, o episódio acabou fortalecendo a posição do ditador Nicolás Maduro. As informações são do Blog do Camarotti, no G1.
“Houve uma precipitação. Mas, agora, não há volta”, reforçou o vice-presidente Hamilton Mourão.
A percepção inicial no Palácio do Planalto é de que Maduro foi pego de surpresa. “A reação dele custou a acontecer”, ressaltou o ministro Heleno. “Mas Maduro saiu fortalecido do episódio”, reconheceu.
Há preocupação no governo com a grave situação na Venezuela. O vice-presidente da República alerta para a situação de fronteira, com a possibilidade de um aumento no número de refugiados venezuelanos entrando por Roraima.
Já Augusto Heleno aponta outra preocupação com a situação da Venezuela. “É uma Cuba na nossa fronteira”, enfatizou. “E já há infiltração do crime organizado na estrutura do país. Eles aderiram ao tráfico de drogas. Isso está nas mãos dos militares”.
Hamilton Mourão e Augusto Heleno descartam ação militar na Venezuela. “Nossa pressão será diplomática”, afirmou o vice-presidente.
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