Pelo menos 27 pessoas morreram e 77 ficaram feridas após duas explosões atingirem a catedral da cidade de Jolo, no sudeste das Filipinas, na manhã deste domingo (27).A primeira bomba explodiu à entrada da catedral de Jolo durante uma missa dominical, seguida de uma segunda explosão fora do complexo, explicaram as autoridades.
Entre os mortos e feridos estão soldados e civis, informou, chefe da Polícia Nacional das Filipinas, Oscar Albayalde. De acordo com o último balanço da polícia regional, 20 mortos são civis e sete são soldados. Entre os feridos mais de 60 são civis. O Governo anunciou que vai perseguir os responsáveis "até que todos sejam levados à justiça e colocados atrás das grades. A lei não lhes dará misericórdia".
"Direcionei as nossas tropas para aumentarem o nível de alerta, protegerem todos os lugares de culto e lugares públicos e vamos iniciar medidas de segurança pró-ativas para impedir mais planos hostis", apontou o secretário de Defesa, Delfin Lorenzana, em um comunicado.
A ilha de Jolo há muito tem sido perturbada pela presença de militantes de Abu Sayyaf, que estão na lista negra dos Estados Unidos e das Filipinas como uma organização terrorista. O ataque ainda não foi reivindicado, contudo as autoridades suspeitam do grupo extremista Abu Sayyaf, um grupo islâmico que prometeu lealdade ao Estado islâmico. Com informações da Lusa.
Fundado em 1991 por alguns ex-combatentes da guerra do Afeganistão contra a antiga União Soviética, são atribuídos ao Abu Sayyaf alguns dos mais sangrentos atentados dos últimos anos nas Filipinas e vários sequestros com os quais se financia.
O grupo foi responsabilizado pelo pior ataque terrorista no país, quando uma explosão e incêndio a bordo de um ferry, ao largo de Manila, causou a morte de mais de 100 pessoas.
O ataque de hoje acontece uma semana depois de mais de dois milhões de filipinos da comunidade de maioria muçulmana no sul do país, onde se inclui a ilha de Jolo, terem sido chamados a participar num referendo para tornar esta região mais autônoma, como solução para acabar com cinco décadas de conflito. Com informações da Lusa.
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