O empresário e delator Joesley Batista, um dos donos da JBS, peticionou nesta sexta (7) ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin pedindo providências contra supostas ameaças sofridas por ele na semana passada, como telefonemas com pedidos de dinheiro e chamadas para a Polícia Militar ir à casa dele, em São Paulo.
Na petição, a defesa de Joesley sugere que as ameaças podem ter partido do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ), preso pela Lava Jato em Curitiba. Cunha foi um dos alvos da delação da JBS, firmada em maio de 2017 com a PGR (Procuradoria-Geral da República).
Os advogados solicitam a Fachin, relator da delação da JBS no Supremo, que determine à Polícia Federal que investigue as ameaças.
A Folha não conseguiu localizar a defesa de Cunha nesta sexta-feira.
O documento enviado ao STF narra que, no último dia 28, Joesley prestou depoimento à Justiça Federal, “na qualidade de colaborador”, em uma ação que tem como réus Cunha, o ex-deputado Henrique Alves (MDB-RN) e o operador financeiro Lucio Funaro. A audiência foi por meio de videoconferência e teve a participação dos réus no processo.
Segundo o relato dos advogados de Joesley, a defesa de Cunha fez perguntas com “cunho nitidamente pessoal” ao delator, incluindo questões sobre o ministro Fachin. “Tais indagações não só fugiram do contexto da acusação como também procuraram atingir esse relator [Fachin]”, disseram os advogados de Joesley ao ministro.
A defesa do empresário anexou à petição uma representação criminal encaminhada à PF de São Paulo na terça-feira (4) na qual afirma que, durante a audiência judicial, os advogados de Cunha perguntaram a Joesley qual era o endereço da casa dele em São Paulo. (Veja mais…)
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