“A liberação dos jogos de azar poderia gerar uma arrecadação de R$ 19 bilhões em impostos”, declarou o deputado federal Evandro Roman (PSD-PR), durante o Online Gamming Summit Brazil (OGS Brazil). O evento discutiu a regulamentação do setor de jogos no país, em São Paulo nesta semana. A expectativa é que o tema volte à pauta do Congresso Nacional com a renovação das bancadas.
Membro da Frente Parlamentar da Liberação de jogos no Brasil, Evandro Roman acredita o principal entrave para regulamentação dos jogos no Brasil são as bancadas fundamentalistas que “veem o jogo como uma situação demonizada. Eles sabem da importância e dos benefícios, mas tem dificuldade de explicar isso para o seu público. O limite quem tem de ter é o homem; desde portar uma arma de fogo a compulsão pelo álcool e pelo cigarro. O jogo existe e vai continuar de forma regular ou não regular”, comentou.
De acordo com Roman, o Paraná tem grande potencial de crescimento com a legalização dos jogos. “Portugal tem 13 cassinos e 10,5 milhões de habitantes com arrecadação imensa. Imagina o potencial do Paraná, com 11,8 milhões de habitantes com cidades polos como Curitiba, Maringá, Cascavel, Guarapuava, Londrina, Foz do Iguaçu, com todo esplendor. Nosso potencial de arrecadação e desenvolvimento é muito grande”.
“O Brasil está exportando jogadores, consumo, dividendos e divisas na área de jogos para Las Vegas e países do Mercosul”, afirmou Roman. A experiência de muitos países comprova que a legalização dos jogos traz benefícios para a economia. Las Vegas recebe cerca de 40 milhões de visitantes anualmente, sendo mais de 133 mil brasileiros. O mesmo acontece na Argentina, Paraguai e no Uruguai. Os brasileiros são responsáveis por 50% do faturamento do Conrad Casino. Segundo pesquisadores, o Brasil tem capacidade de gerar mais de 600 mil postos de trabalho formalizados.
De acordo com dados do Instituto Jogo Legal, as atividades como cassinos e bingos já são legalizadas na maior parte dos países que compõem a Organização das Nações Unidas (ONU). Os jogos são legais em 75% dos 193 países membros. O Brasil faz parte, portanto, dos 25% que ainda não legalizaram a atividade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário